Grupo Estado Islâmico reivindica atentado em Nice, que deixou 84 mortos

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Grupo Estado Islâmico

Grupo Estado Islâmico reivindica atentado em Nice, que deixou 84 mortos

Por

RFI

mediaHomenagem às vítimas no Parlamento Europeu, em Bruxelas
REUTERS/Francois Lenoir

Em um comunicado divulgado hoje pela agência Amaq, o grupo Estado Islâmico reivindica o atentado de Nice, no sul da França, que deixou 84 mortos e mais de 200 feridos na quinta-feira (14). O texto afirma ainda que o tunisiano Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, autor do ataque, é um dos "soldados" da organização terrorista.

Lahouaiej-Bouhlel atropelou com um caminhão em alta velocidade, por cerca de 2 km, centenas de pessoas que assistiam à queima de fogos em comemoração ao 14 de julho, o Dia Nacional da França. Ele foi morto pela polícia durante troca de tiros.

"Esta afirmação por meio de um canal oficial e institucional não deixa nenhuma dúvida sobre sua autenticidade", diz o jornalista da RFI David Thomson, especialista em redes jihadistas.

O comunicado afirma que o terrorista atendeu ao chamado do Estado Islâmico de atacar os países da coalizão da Síria e do Iraque. O EI nunca reivindicou um ataque de forma oportunista. O acidente do voo da EgyptAir, por exemplo, nunca foi reivindicado.

Já os serviços secretos franceses dizem que ainda avaliam a autenticidade da reivindicação. A reunião extraordinária do Conselho de Segurança e Defesa, presidida por François Hollande, terminou no final desta manhã e foi imediatamente seguida por outra com todo o governo.

Pequenos delitos

Lahouaiej-Bouhlel é natural da cidade Msaken, no litoral nordeste da Tunísia. As autoridades tunisianas informaram que ele esteve em seu país de origem pela última vez há quatro anos e não era conhecido por ter opiniões políticas ou religiosas radicais.

O autor do ataque era casado, tinha três filhos, e trabalhava como motorista profissional de veículos pesados. Ele morava em Nice e era portador de um visto de residência com validade de 10 anos, que foi encontrado dentro do caminhão utilizado no massacre.

De acordo com o procurador-geral da República, François Molins, o agressor tinha algumas passagens pela polícia devido a delitos menores, brigas no trânsito e violências familiares. Mas não era fichado ou investigado pelos serviços antiterrorismo.

"Silencioso e solitário"

Lahouaiej Bouhlel morava em um prédio de quatro andares em um bairro do norte de Nice. O local foi alvo de uma operação policial na manhã da sexta-feira (15). Os vizinhos o descrevem como um homem "silencioso e solitário". Muitos dizem que ele não tinha aparência de uma “pessoa religiosa”.

Um dos moradores do bairro disse que Lahouaiej Bouhlel nunca respondia ao cumprimentos dos vizinhos. Outra pessoa declarou que sempre achou o motorista “suspeito”.

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Fonte: Rádio França Internacional

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