Coreia do Norte faz primeiro congresso do partido único em quase 40 anos

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Coreia do Norte

Testes Nucleares

Coreia do Norte faz primeiro congresso do partido único em quase 40 anos

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RFI

mediaA Coreia do Norte abriu nesta sexta-feira o congresso de seu partido único.
REUTERS/Damir Sagolj

Milhares de delegados de toda a Coreia do Norte chegaram à capital Pyongyang para assistir ao congresso do partido único do país. Trata-se da primeira assembleia política em quase 40 anos.

O ditador Kim Jong-un fará um discurso durante a abertura da reunião, que será observado pelos analistas para detectar possíveis mudanças na linha política do partido ou na cúpula do governo.

Após quatro anos de reformas e execuções na hierarquia do governo norte-coreano, o encontro vai permitir a ratificação da condição de Kim Jong-Un como líder supremo e inquestionável do país. Não foram revelados detalhes sobre o evento, mas para o jornal oficial do partido, este é um acontecimento "sagrado".

A Coreia do Norte está submetida a sanções do Conselho de Segurança da ONU por suas atividades nucleares. Mas especialistas especulam que Pyongyang realize um quinto teste nuclear durante o congresso para reafirmar seu status de potência nuclear. O último teste foi realizado em janeiro.

Imprensa escoltada

Os jornalistas estrangeiros convidados a acompanhar o evento não estavam autorizados a entrar no Palácio 25 de abril, cuja fachada foi decorada com retratos gigantes dos dois dirigentes falecidos. Fotógrafos e câmeras permaneciam a 200 metros do local.

Kim Jong-un, de 33 anos, não havia nascido quando foi celebrado o último congresso, em 1980, e que consagrou seu falecido pai, Kim Jong-il, como herdeiro do regime dinástico, fundado por seu avô Kim Il-sung há quase 70 anos.

De acordo com Seul, a assembleia política deve durar quatro dias, o primeiro deles dedicado ao discurso de Kim Jong-un e a um longo relatório sobre as ações do partido.

Os preparativos do congresso mobilizaram o país durante 70 dias, uma campanha que a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch classificou de "trabalho forçado".

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Fonte: Rádio França Internacional

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