Combates contra grupo EI já mataram pelo menos 100 civis, diz EUA

0
45

Combates contra grupo EI já mataram pelo menos 100 civis, diz EUA

Por

RFI

mediaCombatentes Peshmerga curdos ajudam mulheres e crianças iraquianas que fogem da aldeia de Abu Jarboa 31 de outubro de 2016.
REUTERS/Azad Lashkari TPX IMAGES OF THE DAY

Os bombardeios americanos no Iraque contra o grupo Estado Islâmico desde o início de 2014 já deixaram mais de 119 vítimas civis, de acordo com um balanço oficial divulgado nesta quinta-feira (10) pelas forças armadas americanas.

O reconhecimento das mortes dos civis é um avanço, já que os Estados Unidos costumam divulgar esse tipo de informação depois de longas investigações. As forças armadas americanas são acusadas, como os outros membros da coalizão, de “mascarar” o número de vítimas civis em seus bombardeios.

A ONG Airways, baseada em Londres, estima que os ataques da coalizão mataram, na verdade, cerca de 1787 civis no Iraque e na Síria desde o início dos combates, em agosto de 2014.

Já a Anistia Internacional estima em pelo menos 300 o número de vítimas civis da coalizão para a Síria, desde o início da ofensiva. Esse balanço tende a crescer com a intensificação da campanha contra o grupo EI desde o fim de 2015, e a ofensiva em Mossul, no Iraque, e Raqa, na Síria.

Precauções foram tomadas para evitar vítimas civis

O Centcom (Comando Militar americano no Oriente Médio), afirma em um comunicado que os ataques respeitaram as leis de guerra, e as precauções haviam sido tomadas para evitar vítimas civis.

“Às vezes, os civis pagam o preço da ação militar. Fazemos tudo o que podemos para limitar os acidentes, chegando ao ponto de renunciar o ataque a certos alvos”, declarou o coronel John J. Thomas, um dos porta-vozes citados no comunicado.

Os Estados Unidos são responsáveis por 80% dos bombardeios da coalizão, e dizem utilizar quase exclusivamente munições com tecnologia para limitar o impacto na população civil. O país diz, aliás, que essa é a grande diferença em relação aos russos, que efetuam os bombardeios com munições clássicas, que custam mais vidas.

Fonte: Rádio França Internacional

Deixe uma resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor digite seu nome