Atentado em Orlando redireciona campanha presidencial nos EUA

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Atentado em Orlando redireciona campanha presidencial nos EUA

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RFI

mediaPior ataque nos EUA desde o 11 de setembro, o massacre na boate Pulse, em Orlando, é manchete nos jornais francesa nesta segunda-feira (13).
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O massacre na boate gay de Orlando, pior atentado ocorrido nos Estados Unidos desde 11 de setembro de 2001, é a principal manchete da imprensa francesa nesta segunda-feira (13).

"Quinze anos depois do 11 de setembro, os Estados Unidos adotaram uma espécie de angelismo em relação ao terrorismo islâmico", afirma o diário francês Le Figaro. Em seu editorial de primeira página, o jornal, de tendência conservadora, considera que houve um cochilo das autoridades americanas diante da ameaça extremista, mais do que na Europa.

Le Figaro atribui essa situação "inexplicável" a dois fatores. Em primeiro lugar, porque após a retirada dos soldados americanos do Iraque e do Afeganistão, os conflitos no Oriente Médio se tornaram distantes do dia a dia dos americanos. Em segundo lugar, porque os muçulmanos representam apenas 1% da população americana, não sendo motivo de preocupação do grande público, destaca o diário. Porém, o atentado ocorrido na Flórida, em um contexto eleitoral tenso, muda radicalmente o cenário.

Para Le Figaro, tudo o que o presidente Barack Obama disser ou fizer daqui até novembro terá forte influência na disputa pela Casa Branca. A tendência, segundo o jornal, é que Hillary Clinton vá se distanciar de Obama e de sua estratégia de "liderar os conflitos por trás". Donald Trump, como já tem feito, continuará a denunciar a falta de firmeza de Obama contra o extremismo islâmico. A conclusão do Figaro é que Obama está diante da hora da verdade. Se quiser de fato deixar uma herança política, ele será obrigado a adotar uma postura mais dura em relação ao terrorismo islâmico e ao controle das armas de fogo nos Estados Unidos.

Le Parisien direciona suas críticas ao grupo Estado Islâmico. A organização sunita é descrita pelo jornal como "uma seita que desonra a humanidade e cuja única ideologia repousa sobre a frustração, o ódio e os assassinatos".

Venda de armas para civis é alvo de lobby na Europa

A questão da livre circulação das armas de fogo na Europa, e não apenas nos Estados Unidos, também é descrita na imprensa. O diário econômico Les Echos informa que o assunto é atualmente alvo de uma batalha de lobbies no Parlamento Europeu.

O jornal econômico relata que os ministros do Interior do bloco aprovaram um texto, na última sexta-feira, que proíbe a venda de dois tipos de armas para cidadãos europeus: as semiautomáticas, com alto potencial de disparos, e as chamadas armas "neutralizadas", que foram desativadas, mas que podem readquirir poder de fogo nas mãos de especialistas. Outras medidas de controle aprovadas pelos ministros incluem troca de informações, a respeito dos clientes, entre autoridades e sites de venda de armas e munições pela internet.

No entanto, para entrar em vigor, essa legislação precisa ser aprovada no Parlamento Europeu. E, segundo diplomatas, lobbies poderosos de países produtores de armas, como República Tcheca, Eslováquia e Polônia, pressionam os deputados a reduzir o impacto das restrições, informa o diário.

Além dos países do leste, Bélgica e Finlândia também foram contra o fim do porte de armas por civis. A Finlândia defendeu seus reservistas, que beneficiam de um sistema em que eles guardam armas de guerra em casa, caso sejam convocados para uma operação pelo governo. Já a Bélgica tentou proteger seus colecionadores, conta Les Echos.

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Fonte: Rádio França Internacional

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