Unaids destaca “transformação radical pelo progresso na resposta” ao HIV

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Conferência Internacional sobre Aids terminou nesta sexta-feira em Durban, África do Sul; vice-chefe do programa pede a países que não baixem a guarda para financiar a resposta.

21ª Conferencia Internacional sobre a Aids. Foto: International AIDS Society/Steve Forrest/Workers’ Photos

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Para o vice-diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids, Unaids, este é um momento de investir mais para o fim da epidemia.

Luiz Loures falou à Rádio ONU, nesta sexta-feira, de Durban, África do Sul, após o encerramento da 21ª Conferencia Internacional sobre a Aids. Segundo ele, decisões políticas, aliadas à mobilização social e ao investimento, ainda fazem uma grande diferença.

Avanços

Loures falou sobre os avanços no combate à doença neste século.

"Em primeiro lugar, pelo progresso na resposta. Se compararmos o que era Durban na ano 2000 e Durban hoje, há uma transformação radical. Pessoas hoje vivendo com HIV estão contribuindo para a sociedade, as crianças estão na escola, as pessoas estão produzindo. Esse não era o quadro em 2000. Existe uma transformação radical pelo progresso na resposta e vou dar o exemplo do tratamento. Mas Durban vai ser marcado pelo reconhecimento que existem desafios extremamente importantes."

Valor

Para o vice-chefe do Unaids, este não é momento para baixar a guarda.

Recentemente, foram aprovados US$ 10 bilhões de investimento pelos países para financiar ações de resposta até 2020. Segundo Loures, se houver algum atraso, o mundo pode pagar um preço mais alto no futuro para sustentar os progressos.

"É uma questão colocada em qualquer país do mundo. Mesmo aqueles que progrediram mais na resposta à Aids estão sendo desafiados agora por questões como discriminação e como o estigma, que não foram resolvidas principalmente para populações mais vulneráveis: homens gays, trabalhadoras sexuais, migrantes, prisioneiros e, de uma forma muito particular, mulheres jovens que são discriminadas ou não são incluídas."

Loures lembrou que há uma ressurgência do HIV nesses grupos e que fatores relacionados à transmissão do vírus vão determinar o futuro da epidemia.

Os participantes da conferência reafirmaram que é preciso acelerar a resposta à Aids "quebrando obstáculos e promovendo o envolvimento de todos os setores numa abordagem conjunta com governos".

O objetivo é alcançar as metas da Declaração Política para o Combate ao HIV/Aids e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

*Apresentação: Michelle Alves de Lima.

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Fonte: Rádio ONU

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