Relator diz que insegurança aumenta no Mali ameaçando direitos dos cidadãos

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16/11/2016

Relator diz que insegurança aumenta no Mali ameaçando direitos dos cidadãos

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Especialista indendependente sobre a situação dos direitos humanos no país, Suliman Baldo, se diz preocupado com a piora causada pela violência no norte e no centro da nação africana.

Suliman Baldo. Foto: ONUJean-Marc Ferré

Monica Grayley, da Rádio ONU.

O relator de direitos humanos Suliman Baldo pediu às partes que firmaram o acordo de paz no Mali que redobrem seus esforços para que o documento entre em vigor assim como o desarmamento dos combatentes.

Baldo terminou nesta quarta-feira sua sétima visita ao Mali, onde ele lançou um apelo pela paz. Segundo o especialista, a insegurança está a aumentar no centro e norte do país. Isto se deve a desentendimentos entre os grupos armados que firmaram o tratado e ao surgimento de novos grupos.

Ajuda humanitária

Para o relator, a população civil está sob risco. Eles estão com acesso restringido a meios de sobrevivência, aos serviços básicos e à ajuda humanitária. Os grupos extremistas violentos estão a subir os ataques a cidadãos, às forças de segurança do país e às forças internacionais.

Entre os crimes estão assaltos à mão armada e extorsão nos postos de controle que estão nas mãos de grupos armados nas estradas que dão acesso à região de Tumbuktu. Baldo afirma que a população está a viver com medo.

Para ele, não existe muito avanço nos trâmites da justiça sobre os crimes graves que foram cometidos durante a crise de 2012/2013 no Mali. Especialmente contra as 113 vítimas de abuso sexual que levaram a queixa à justiça e que ainda precisam de uma resposta para seus casos.

Normas internacionais

O relator acredita que os riscos de violência sexual são mais altos por causa da falta de programas de proteção. Ele saudou, no entanto, as ações das autoridades malianas realizadas após a visita de fevereiro ao país para melhorar a situação dos direitos humanos.

Entre as medidas está a restauração da autoridades do Estado nas zonas afetadas, e a reforma da Comissão Nacional dos Direitos Humanos de acordo com as normas internacionais. Um outro passo positivo, foi o trabalho da Comissão de Verdade, Justiça e Reconciliação.

O relator também reuniu-se com autoridades do país e representantes da sociedade civil. Ele deve apresentar um relatório ao Conselho de Direitos Humanos sobre a visita em março de 2017.

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Fonte: Rádio ONU

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