Onusida preocupado com serviços de HIV/Sida para vítimas em emergências

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03/12/2015

Onusida preocupado com serviços de HIV/Sida para vítimas em emergências

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Agência da ONU quer maior acesso aos serviços de saúde específicos; participantes em encontro internacional debateram aumento da vulnerabilidade ao vírus no tipo de situações; evento africano encerra esta sexta-feira em Harare.

Imagem: Unaids

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

De acordo com o Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida, cerca de 1,6 milhão de seropositivos estavam entre os 314 milhões de pessoas afetadas por emergências ocorridas em 2013.

Destas, 67 milhões foram deslocadas por desastres naturais e conflitos.

Infeções

A situação dos infectados pelo vírus em situações de crise foi discutida na Conferência Internacional sobre o HIV/Sida e Infeções de Transmissão Sexual em África, Icasa, que decorre até esta sexta-feira no Zimbabué.

Para a agência, a migração e o deslocamento estão entre as principais questões que afetam a saúde de pessoas em situação de emergência. Em relação ao HIV, a preocupação é com a redução do acesso à prevenção, ao tratamento, aos cuidados e aos serviços de apoio.

Preparação

O diretor do Onusida para a África Oriental e Central disse que temas ligados ao vírus devem ser integrados nos planos nacionais de preparação e de resposta aos desastres.

Leo Zekeng defende que se o tema não for tratado de forma adequada em afetados por situações de emergência humanitária não se poderá alcançar a meta de zero infeções, zero discriminação e zero mortes relacionadas ao vírus.

Vulnerabilidade

A troca de experiências e de melhores práticas para garantir o acesso aos serviços de HIV para pessoas em emergências também abordou o aumento da vulnerabilidade ao vírus nessas situações.

Foram igualmente discutidas as fragilidades devido à violência sexual, à coerção sexual e a outras violações dos direitos humanos além dos cenários de conflito e pós-conflito.

A agência defende que emergências e conflitos são responsáveis pelo crescimento dramático no número de refugiados, candidatos a asilo e deslocados. As alterações climáticas e o crescimento da população, que forçam as pessoas a migrar, também aumentam o número de pessoas em movimento.

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Fonte: Rádio ONU

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