ONU fala de obrigações de direitos humanos num mundo conectado

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Secretário-geral disse que o tipo de princípios é fundamental para a paz e a prosperidade; organização investe para um maior foco na prevenção ao invés de reação para fim de abusos.

Secretário-geral da ONU. Foto: ONU/Mark Garten

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas juntam dezenas de organizações, da sociedade civil, de grupos de reflexão e do setor privado num debate temático de alto nível sob o lema Direitos Humanos no centro da Agenda Global.

No evento, que decorre até quarta-feira, o secretário-geral, Ban Ki-moon, disse que os princípios fundamentais têm um lugar importante num planeta onde as pessoas estão interligadas.

Paz e Prosperidade

Para o chefe da ONU, num "mundo profundamente conectado", os Estados-membros têm o interesse comum em promover os direitos humanos individuais e coletivos como base para a paz e a prosperidade globais.

Ban revelou que em grande parte do mundo ocorre um "progresso enorme" nas áreas económicas, sociais, culturais, civis e políticas.

Segundo ele, isso para muitos significa "maiores oportunidades e certas proteções que prolongam a expectativa de vida, melhoram os padrões e oferecem a esperança de um futuro melhor".

Mas revelou que, ao mesmo tempo, o racismo e a falta de habitação aumentam na Europa, vive-se a violência organizada em áreas da América Latina, continua o conflito no Médio Oriente além da marginalização económica, social e política que afeta milhões de pessoas na Ásia.

Liberdades

Ban disse haver governos que "claramente limitam a capacidade das pessoas de exercer os seus direitos, atacando as liberdades fundamentais e desmantelando instituições judiciais" que limitam o poder executivo.

Ban falou também de autoridades que "detém e prendem" os defensores dos direitos humanos e reprimem a sociedade civil e as ONGs impedindo-as de realizar o seu trabalho.

Deslocados

O chefe da ONU disse que o respeito pelas leis internacionais dos direitos humanos e humanitárias estão a ser corroídas, numa altura em que o mundo tem o maior número de deslocados pelo conflito desde a Segunda Guerra Mundial.

Ao citar a guerra na Síria, Ban disse que a "carnificina começou com uma repressão brutal a manifestantes pacíficos com queixas legítimas. Após cinco anos, "morreram centenas de milhares de pessoas, a economia está em ruínas e a região em chamas". Ele disse ainda que continuam abusos contra civis.

Prevenção e Reação

Ban mencionou que há mudanças na forma como a ONU pensa e age com a sua iniciativa Direitos Humanos em Primeiro Lugar , que muda as práticas operacionais para que tenham foco na prevenção ao invés de reação.

Ban disse que trazer os direitos humanos no topo da tomada de decisões exige o empenho total dos Estados-Membros, porque podem mudar as vidas para o melhor.

Fonte: Rádio ONU

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