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Grupos rebeldes são considerados responsáveis por violência, exploração ilegal de recursos e aumento da tensão; representantes de Angola e Moçambique estiveram na reunião realizada no Quénia; ONU prioriza proteção de civis.
Said Djinnit. Foto: ONU/Amanda Voisard (arquivo)
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Angola e Moçambique participaram numa análise dos progressos e desafios no combate às chamadas forças negativas no leste da República Democrática do Congo, RD Congo, e na região.
O outro objetivo do encontro, realizado na quarta-feira em Nairobi, foi melhorar e reforçar a estratégia comum para o fim de atividades comerciais ilegais na área africana.
Recursos
Além de cometer atos de violência e violações dos direitos humanos, as ações atribuídas aos grupos incluem exploração ilegal dos recursos naturais e atos que aumentam o clima de tensão e de desconfiança entre os países da região.
Na reunião, o enviado especial da ONU para os Grandes Lagos disse que além das atuais medidas de combate a essas forças, é "importante lembrar o seu impacto sobre a vida das populações vulneráveis".
Said Djinnit declarou que "garantir a proteção de civis contra todas as formas de violência continua a ser uma prioridade nas ações para neutralizar os grupos armados".
Tropas
Moçambique tomou parte na reunião como presidente do Conselho de Paz e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral, Sadc.
O ministro da Defesa de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, liderou o encontro onde participaram os seus homólogos de nações como RD Congo, Ruanda, Burundi, Uganda e países que enviaram tropas para a missão de paz.
Angola preside a Cirgl. Em meados de junho, Luanda acolheu um encontro do bloco regional.
Na ocasião, chefes de Estado e de governo dos Grandes Lagos recomendaram um maior apoio para o exército congolês e para a Missão da Nações Unidas na RD Congo, Monusco, com vista a combater as forças negativas.
Acantonamento
O apelo lançado pelos líderes é que continue o trabalho conjunto para neutralizar esses grupos e acelere o repatriamento dos ex-combatentes desarmados das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda, Fdlr.
O objetivo é que os antigos homens armados sejam acantonados no Ruanda ou recebidos por um terceiro país fora da região.
Fonte: Rádio ONU