Conselho de Segurança quer ação contra abusos sexuais praticados pelo Isil

0
114

17/12/2015

Conselho de Segurança quer ação contra abusos sexuais praticados pelo Isil

Ouvir /

Órgão pede que Estados-membros façam todo o possível para combater o tráfico humano, especialmente quando o crime está ligado à exploração sexual; também foram citados grupos criminosos da África.

Tailândia costuma ser foco dos traficantes de pessoas. Foto: Unicef/Jim Holmes

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança pede a todos os Estados-membros da ONU a fazerem todo o possível para combater o tráfico humano, especialmente quando o crime é ligado à exploração sexual.

Em debate no fim da tarde de quarta-feira, o órgão citou ações realizadas pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, e pelos grupos africanos Exército de Resistência do Senhor, LRA, e Boko Haram.

Vítimas

O Conselho de Segurança nota o impacto do tráfico de pessoas em mulheres e crianças, especialmente durante conflitos armados. Existe também mais risco de serem vítimas de violência sexual.

Os 15 países que integram o órgão adotaram uma declaração presidencial, que faz referência ao yazidis vítimas de tráfico do Isil, a violações do LRA na região central da África e ao grupo Boko Haram, baseado na Nigéria.

Segundo o Conselho de Segurança, esses grupos traficam pessoas com a meta de usá-las para "escravidão sexual, exploração e trabalho forçado" – ações que podem ser consideradas crimes de guerra.

Obrigações

No encontro, o vice-secretário-geral da ONU declarou que "o tráfico humano é a escravidão da idade moderna". Jan Eliasson lembrou de milhões de vítimas no mundo e apelou para o fim da prática dessa indústria global.

O Conselho de Segurança pediu a todos os países que fazem parte da ONU para implementarem todas as resoluções relevantes e obrigações para criminalizar, prevenir e combater o tráfico de pessoas.

Nesta quinta-feira, o órgão promove dois debates: um sobre contenção do terrorismo e como evitar que grupos recrutem pessoas pelas redes sociais e o outro foca no combate do financiamento ao Isil.

Fonte: Rádio ONU

Deixe uma resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor digite seu nome