Conselho da ONU discute ideal olímpico para promoção dos direitos humanos

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Alto comissário para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, afirmou que o esporte pode ser uma força para "igualdade e diversidade"; chefe de Sustentabilidade, Acessibilidade e Legado do Comitê Organizador da Rio 2016, Tania Braga, também participou do encontro.

Foto: ONU/Tobin Jones

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU realizou um encontro sobre o uso do esporte e do ideal olímpico para promover os direitos humanos para todos.

Segundo o alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, o esporte pode ser uma "força para igualdade e diversidade".

Refugiados

Zeid mencionou que este ano, 10 atletas vão competir nas Olimpíadas do Rio como uma equipe de refugiados.

Para o alto comissário, sua participação pode inspirar um novo entendimento sobre os direitos das milhões de pessoas envolvidas em crises em todo o mundo. Segundo Zeid, para estas, não estão em jogo medalhas ou glória, mas o direito à vida, segurança e dignidade.

Rio 2016

A chefe de Sustentabilidade, Acessibilidade e Legado do Comitê Organizador da Rio 2016, Tania Braga, também participou do encontro.

Ela afirmou que fornecedores e patrocinadores tiveram de garantir que o ambiente de trabalho e as condições para empregados ou fornecedores atendessem as exigências mínimas estabelecidas em iniciativa de comércio ético e baseadas em leis nacionais, entre outras.

Atletas Olímpicos

Entre outros participantes, a gerente de projeto do Centro de Apoio Paralímpico da Fundação Nippon e três vezes ganhadora da medalha de ouro paralímpica em corrida de trenó, Miki Matheson, esteve no encontro.

Também participaram no evento, o secretário-geral do Comitê Paralímpico Russo, e cinco vezes ganhador da medalha de ouro paralímpica de natação Andrey Strokin, e a integrante da Comissão de Marketing do Comitê Olímpico Internacional, COI, e ganhadora da medalha de prata olímpica de polo aquático Stavroula Kozompoli.

Cplp

O diretor-executivo do Instituto para Direitos Humanos e Negócios, John Morrison também esteve no encontro. O Brasil discursou em nome da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, Cplp.

Na discussão, foi mencionado que o esporte pode contribuir para a tolerância e a paz e pode dar autonomia a pessoas com deficiência. Também foi citado o papel da atividade e da mídia para aumentar a conscientização sobre acessibilidade.

Alguns participantes destacaram que o esporte não deve ser usado para propósitos políticos. Já outros, tendo em vista abusos de direitos humanos ligados a mega eventos esportivos, citaram que eventos globais deste tipo só podem ser verdadeiramente bem-sucedidos se não prejudicarem a população anfitriã.

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Fonte: Rádio ONU

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