Angola: “mulheres coabitam sem violência porque homens não conseguem?”

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Ministra angolana disse que mulheres com oportunidades e compromisso acabam com a guerra; desafios do país incluem crise económica, violência de género e crimes sexuais.

Filomena Delgado na abertura da sessão no Conselho de Segurança. Foto: ONU/Manuel Elias

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A ministra da Família e Promoção da Mulher de Angola afirmou que o país tem para divulgar todo um legado da influência feminina para ajudar várias nações a acabar com confrontos armados.

Filomena Delgado falou à Rádio ONU, em Nova Iorque, após o debate do Conselho de Segurança sobre a mulher e a provenção e a resolução de conflitos em África. O evento decorreu na segunda-feira.

Líderes

A responsável contou como antes do acordo de paz, em 2002, mulheres angolanas de vários partidos políticos reuniram-se numa conferência que chamou a atenção aos líderes sobre a necessidade de deter o conflito.

"Reunimos na África do Sul. Daí surgiu uma recomendação sobre a organização Raízes da Paz, que foi alertar os líderes dos vários partidos no sentido de porem de lado as armas. Com o nosso exemplo, se nós fomos capazes de dialogar e de coabitar na diferença porque é que os homens não são capazes de fazer? Este é o exemplo bonito que nós temos. Hoje, a organização continua a funcionar com muitas dificuldades mas a dar o seu contributo."

Ao revelar as áreas em que as mulheres mais aspiram colaborar, a representante citou uma maior presença no domínio político e militar aliada ao acesso a serviços básicos, segurança alimentar e ajuda para apoio para mitigar as mudanças climáticas.

Preocupações

“Vamos continuar com maior responsabilidade porque deixamos aqui a marca angolana e algumas preocupações. Ouvimos também dos outros países. Concordo com o Senegal quando disse que tudo o que foi dito deve se traduzir em lições práticas e penso que isso é o que vamos fazer.”

Para a ministra angolana, mulheres com oportunidades e compromisso com o desenvolvimento fazem o possível para acabar com a guerra.

Filomena Delgado disse que em Angola a mulher lida com desafios ligados à crise na economia, à violência do género e aos crimes sexuais contra jovens e adolescentes.

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Fonte: Rádio ONU

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