07/12/2015
Acnur pede cooperação regional sobre fluxo migratório na Baía de Bengala
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Desde 2014, cerca de 95 mil pessoas fizeram a perigosa travessia no sudeste asiático; para o alto comissário assistente para Proteção da agência, o "deslocamento forçado é um fenómeno global que nenhum país pode resolver sozinho".
Desde 2014, cerca de 95 mil pessoas fizeram a perigosa travessia na Baía de Bengala e no mar de Andamão. Foto: Acnur/V. Tan
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Países do sudeste asiático afirmaram que a única forma de reduzir a perda de vidas no mar é a cooperação em abordagens abrangentes e sustentáveis sobre os diversos movimentos migratórios.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, "a menos que as condições melhorem em seus países de origem, mais pessoas devem atravessar a Baía de Bengala nos próximos meses, a procurar segurança e estabilidade nos países do sudeste da Ásia".
Viagem Perigosa
Desde 2014, cerca de 95 mil pessoas fizeram a perigosa travessia na Baía de Bengala e no mar de Andamão.
Segundo o Acnur, mais de 1,1 mil morreram no mar e centenas de outros foram encontrados enterrados em valas comuns.
Fenómeno Global
O alto comissário assistente para Proteção da agência da ONU, Volker Türk, afirmou que com um "número sem precedentes de 60 milhões de desalojados hoje em dia, ficou claro que o deslocamento forçado é um fenómeno global que nenhum país pode resolver sozinho".
O representante da agência da ONU também afirmou que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável oferecem uma plataforma para abordar as causas da migração e garantir que ninguém seja deixado para trás em questões de saúde, educação, trabalho e identidade legal, entre outros direitos.
Na última sexta-feira, na Tailândia, Türk participou do Segundo Encontro Especial sobre Migração Irregular no Oceano Índico com a participação de representantes de mais de 20 países e organizações internacionais.