Encontro de Arte Folclórica promove a cultura guarani

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Conhecer o que está por trás da cultura de um povo a partir da compreensão das suas raízes e origens. Esse também é um dos objetivos dos estudos ligados ao folclore. Por isso, no mês de agosto, que é voltado para a cultura popular no Brasil, entre as atividades promovidas pela Unicentro estava uma ação em parceria com a organização não-governamental Outro Olhar. O objetivo era fazer perceber as influências da cultura indígena guarani na nossa sociedade.

As nuances da cultura guarani fora, apresentadas pela ONG Outro Olhar (Foto: Acioli Caldas)

As nuances da cultura guarani fora, apresentadas pela ONG Outro Olhar (Foto: Acioli Caldas)

A ideia da visita surgiu numa conversa entre a Diretoria de Cultura da Unicentro e a associação. Agora, a intenção, segundo a professora Érica Dias Gomes, que é diretora de Cultura da Unicentro, é estreitar os laços entre as duas instituições, para que futuras parcerias possam ser firmadas. “Temos um novo caminho para parcerias e, talvez, até o desenvolvimento de pesquisas ou alguma relação assim com a universidade”.
No centro de convivência da associação são realizados trabalhos com as comunidades indígenas. As atividades envolvem a preservação da cultura, a geração de renda e a conservação ambiental. Abrir as portas para o visitante, segundo a presidente da ONG, Silmara Walendorff, é uma maneira de provocar a interação social. “Esse espaço foi muito valioso, muito rico e importante para a divulgação da cultura e para que as pessoas aqui da região possam conhecer o que a cultura guarani tem de melhor”.
Durante a tarde de visita, diversas atividades foram realizadas. Em uma conversa, onde a cultura guarani foi inicialmente apresentada, os visitantes, como a estudante de Publicidade e Propaganda da Unicentro, Kauane Zampiva, puderam desmistificar alguns pensamentos enraizados a respeito dos povos indígenas. “Uma oportunidade bem interessante de conhecer um pouco mais sobre a cultura guarani, para quebrar um pouco desse estereótipo que a gente tem de índio. Até o nome dessa ONG é Outro Olhar. Então, qual é esse outro olhar que nós podemos ter sobre os povos indígenas”, avaliou.

Ao final da conversa, uma sapecada de pinhão fechou o encontro (Foto: Acioli Caldas)

Ao final da conversa, uma sapecada de pinhão fechou o encontro (Foto: Acioli Caldas)

Já para o pesquisador Eder Guski, o bate-papo ajudou na compreensão de questões sócio-culturais que vão além do que ele estuda. “Eu me debruço sobre a questão indígena já há algum tempo, mas mais na questão de demarcação de terras. A visita hoje foi motivada justamente por isso, pela minha linha de estudos, e mesmo para conseguir ter uma maior noção dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos dentro das comunidades indígenas”.
Filha de índios guarani, Jandira de Olieveira morou na aldeia até os dez anos. Hoje, luta junto com a associação Outro Olhar para preservar a cultura do seu povo. “A gente tem que fazer o que pode para a nossa cultura não ir para o espaço. Nós temos que levar a nossa cultura adiante. Temos que cuidar e usar o que vem da terra, porque nós somos da terra”.
Ao fim da visita, para Silmara, ficou a certeza de que o encontro folclórico cumpriu seu papel, aproximando pessoas e disseminando uma cultura tão importante para o nosso país, como é a indígena. “A semana do folclore veio em um momento muito importante para a gente poder divulgar o trabalho com as comunidades guaranis e, cada vez mais, aproximar mais as tão diferentes culturas que nós temos aqui na nossa região”.

Fonte: Coorc Unicentro

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