A Lei do Tabaco foi encaminhada de volta ao governo. O senado suíço rejeitou na terça-feira, 14 de junho, as propostas do governo e solicitou que o mesmo reveja totalmente a questão. A propaganda do cigarro deve continuar sem restrições.
A lei sobre o tabagismo já havia sido fortemente contestada durante as consultas, sendo considerada branda demais pelos meios ligados à saúde e invasiva demais pela indústria tabagista. Os argumentos desse setor da indústria acabaram prevalecendo entre os senadores. A maioria acredita que a lei vai longe demais e interfere nos princípios da economia de mercado.
Tabaco made in Switzerland
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A Produção de tabaco suíço caiu nas últimas décadas sob o peso da situação econômica. Apenas 200 agricultores continuam esse cultivo. A maioria está localizada no vale do rio Broye, uma região abrangendo os cantões de Friburgo e Vaud (oeste).
O tabaco cultivado em solo suíço é inferior a 5% da matéria-prima utilizada pela indústria do tabaco na Suíça. No plano puramente agrícola, o tabaco desempenha um papel marginal. Mas os últimos agricultores querem preservar a sua produção tradicional. Dois tipos de tabaco são cultivados na Suíça: Burley, seco naturalmente ao ar em galpões especiais, e Virginia, introduzido na Suíça em 1992, seco artificialmente em fornos.
(Fotos: Thomas Kern/Texto: Samuel Jaberg, swissinfo.ch)
O projeto do governo visa proibir a propaganda do cigarro em cartazes no espaço público, cinemas, jornais e na internet. A apresentação de amostras grátis também deve ser proibida e os descontos no preço dos cigarros só seriam parcialmente permitidos.
O patrocínio de festivais de importância nacional continuaria a ser legal, mas não o de eventos internacionais. A propaganda em artigos de consumo, bem em pontos de venda continuaria sendo permitida. A promoção direta por representantes ainda seria permitida, assim como a propaganda pessoal dirigida aos consumidores adultos.
Uma restrição da propaganda do cigarro afetaria o número de fumantes? Deixe o seu comentário!
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