A contribuição portuguesa para construir a chamada "obra do século": 8% dos operários vieram de Portugal. Porém nenhum deles sofreu acidentes mortais, como mostram as estatísticas.
Durante dezessete anos gastos para construir o túnel básico do São Gotardo, aproximadamente 2.600 operários, engenheiros e outros funcionários trabalharam nos vários canteiros de obras, tanto em superfície como nos túneis.
Como em outras grandes construções na Suíça, uma grande parte dos trabalhadores eram estrangeiros. A maioria veio da Itália (22%), depois Áustria (20%), Alemanha (20%) e, em quarto lugar, Portugal (8%). Apenas 15% eram suíços.
O trabalho de perfurar o túnel, muitas vezes mais de dois mil metros abaixo da superfície, foi perigoso e duro. As temperaturas chegavam muitas vezes a 46 graus. Porém as autoridades velaram pelas condições e controlavam para que equipamentos especiais de refrigeração garantissem temperaturas não mais elevadas do que 28 graus.
Em 2014, a swissinfo.ch visitou o canteiro de obras e entrevistou operários portugueses.
Impressões do túnel do Gottardo
Em 31 de maio de 2016, um dia antes da inauguração oficial do túnel, representantes das empresas construtoras e dos escritórios de engenharia homenagearam os nove funcionários que perderam a vida em acidentes durante as obras ao desvelar uma placa de bronze com seus nomes no portal norte, em Erstfeld.
Os acidentes ocorreram entre 2002 e 2012. Quatro dos operários falecidos eram alemães, três eram italianos, um da África do Sul e outro da Áustria. Nenhum operário português foi vitimado.
E aqui, a reação da imprensa lusófona à inauguração do túnel de base do São Gotardo.
Press review
Mídia lusófona destaca inauguração do túnel do Gotardo
Por Alexander Thoele
especiais: O túnel do São Gotardo
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Os operários portugueses e outros estrangeiros deveriam ser mais lembrados nas comemorações? Dê sua opinião.
Fonte: Rádio Swiss Info