O governo suíço está com planos de introduzir, a título experimental, um sistema de tributação da mobilidade como tentativa de diminuir o congestionamento nas estradas e os trens lotados durante as horas de pico.
O governo decidiu rever a base jurídica que abre o caminho para projetos-piloto que taxam a mobilidade. Com esse sistema, os motoristas pagariam de acordo com a distância percorrida nas estradas.
Também poderia ser introduzido um sistema diferencial de preços para as passagens dos transportes públicos.
A ministra dos Transportes, Doris Leuthard, disse que a infraestrutura rodoviária do país não comporta mais o tráfego das horas de pico. Portanto, é necessário encontrar alternativas, principalmente para reduzir a mobilidade na hora do rush.
Em entrevista coletiva na quinta-feira, 30 de junho, a ministra disse que o sistema poderia substituir gradualmente os impostos atuais sobre a gasolina e o diesel, ou o selo pedágio anual para a utilização das autoestradas do país. Segundo Leuthard, o novo sistema entraria em vigor só em 2030.
No total, em 2014, quase metade da população suíça, ou precisamente 3.901.350 pessoas usavam as autoestradas e os transportes públicos no trajeto entre a casa e o trabalho. A maneira como essas pessoas se deslocam para seus locais de trabalho não mudou muito nos últimos 20 anos.
No entanto, o número de pessoas que viajam para trabalhar com uma das formas de transporte acima aumentou nos últimos anos, ou seja, há mais veículos nas estradas e mais pessoas nos trens e ônibus. Abaixo está um exemplo concreto de quantas pessoas se deslocam de carro, o meio de transporte mais popular para se deslocar até o trabalho.
O Ministério dos Transportes vai examinar as emendas legais necessárias para iniciar os testes, em colaboração com os cantões (estados) e os municípios de diferentes partes do país, durante a próxima década.
No ano passado, o governo suíço publicou um relatório sobre os preços da mobilidade. A proposta foi enviada a partidos políticos, organizações e cantões para consulta.
Os analistas dizem que o sistema só custará mais caro para os viajantes, já que a possibilidade de trabalhar em horários flexíveis permanece limitada.
Não se espera que o governo consiga apoio suficiente no parlamento para as mudanças legais necessárias para a realização dos testes.
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swissinfo.ch com agências
Fonte: Rádio Swiss Info