Distribuição de portugueses na Suíça é desigual

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De Genebra a St. Gallen, portugueses festejaram por todo o país a vitória na Eurocopa 2016. Porém as estatísticas oficiais mostram que o imigrante tem suas preferências ao escolher o lugar de viver na Suíça. E a explicação não é só a questão do idioma…

As ruas de Zurique se encheram de torcedore após a vitória da seleção portuguesa na Eurocopa 2016, em 10 de julho de 2016. (Keystone)

As ruas de Zurique se encheram de torcedore após a vitória da seleção portuguesa na Eurocopa 2016, em 10 de julho de 2016.

(Keystone)

Bibiiiiiiii! Bibiiiiiii! Bibiiiiiii! As buzinas dos carros soavam com força nas ruas de Berna, Zurique e Genebra. Mas também em pequenos povoados no cantão do Valais, os migrantes portugueses se reuniram nos clubes para comemorar a primeira vitória da seleção lusitana em um grande campeonato de futebol.

Esses migrantes se fazem perceber na Suíça, especialmente nos momentos de festa. O impacto dessa presença levou o jornal Tage-Anzeiger a publicar um artigo para lembrar que, em Zurique, a maior cidade helvética, também vivem portugueses. Os números recolhidos mostram que eles não estavam no ranking das cinco maiores populações estrangeiras há vinte anos, mas que hoje já superaram os espanhóis, turcos, sérvios, montenegrinos e kosovares em número: 8.428 portugueses vivem em Zurique, o terceiro maior grupo depois dos italianos (14.418) e alemães (33.574).

Os bairros preferidos são Altstetten e Hard. E por quê? Pelos preços moderados de aluguel e a proximidade das igrejas de St. Feliz e Regula. Afinal, 85% dos imigrantes portugueses estão registrados na Igreja Católica.

Porém mais interessante ainda é analisar os números gerais da Suíça. No gráfico preparado por swissinfo.ch, é possível visualizar que a grande maioria dos imigrantes portugueses (268.067 em 31 de dezembro de 2015) se concentra nos cantões de língua francesa, com apenas duas exceções nos extremos da Suíça: o cantão do Valais (francês e alemão) e o cantão dos Grisões (alemão, italiano e reto-romano). Razão: a indústria do turismo, forte nessas regiões, emprega milhares de imigrantes portugueses e trabalhadores sazonais de Portugal.

A diferença em relação a outros imigrantes europeus salta aos olhos. Onde se concentram os alemães e os franceses? Compare…

 (swissinfo.ch)
(swissinfo.ch)

Fonte: Rádio Swiss Info

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