Países da UE estudam exigir impostos não pagos pela Apple

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Países da UE estudam exigir impostos não pagos pela Apple

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RFI

media3D printed Apple logo are seen in front of a displayed cyber code in this illustration taken February 26, 2016.
REUTERS/Dado Ruvic

Vários países europeus estudam exigir da Apple a devolução de parte dos impostos que o gigante americano não pagou para o território, aumentando a pressão sobre a otimização fiscal em um contexto de controle do déficit. A discussão aconteceu neste sábado, durante reunião de ministros das Finanças da União Europeia, em Bratislava.

"Queremos saber quanto é esse impacto, queremos vê-lo", disse o ministro espanhol de Economia, Luis de Guindos. “É fundamental que esses investimentos não se percam", diz Guindos, em um momento de "importantes esforços" para reduzir o déficit. A Espanha, que enfrenta um possível congelamento dos fundos europeus por não cumprir o objetivo do déficit, deve alcançar 2,2% do PIB em 2018, depois de registrar 5,1% em 2015.

A Comissão Europeia exigiu no final de agosto que a Apple devolvesse à Irlanda mais de € 13 bilhões de impostos não pagos entre 2003 e 2014 no país. A companhia americana se beneficiou das "vantagens fiscais" da Irlanda, onde chegou a contar em 2014 com um tipo de imposto de 0,005%, segundo a Comissão, para declarar todas as suas vendas realizadas em vários países, entre eles diversos da União Europeia.

Alemanha acha processo muito complexo

O Executivo europeu afirmou que a Irlanda não era o único afetado e abriu as portas para que o resto dos países pudesse solicitar a devolução de sua parte correspondente desses € 13 bilhões.

A Áustria se mostra favorável a exigir o pagamento dos impostos e a Alemanha, que também estuda a situação, alertou sobre não fazer muitos planos devido à complexidade do caso. “Não se pode vender a pele do urso antes de tê-lo caçado", advertiu o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.

O ministro de Finanças da França, Michel Sapin, descartou na sexta-feira (9) exigir qualquer devolução.

(com informações da AFP)

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Fonte: Rádio França Internacional

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