Oposição de direita critica governo, após novo atentado jihadista na França

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Oposição de direita critica governo, após novo atentado jihadista na França

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RFI

mediaCapas dos jornais franceses desta quarta-feira, 15 de junho de 2016.

A imprensa francesa desta quarta-feira (15) destaca o novo atentado na França que deixou dois policiais morto na última segunda-feira (13). A fotografia do casal de policiais franceses, assassinados em nome do grupo Estado Islâmico, está estampada na capa dos principais jornais de hoje. A oposição de direita critica o governo socialista que não conseguiu impedir que o agressor, fichado como terrorista e monitorado desde 2013, cometesse o ataque, informa Les Echos.

Le Figaro afirma que o comandante de polícia, e seu mulher, secretária de uma delegacia na região parisiense, foram vítimas da barbárie islamita. Eles foram assassinados a facadas na segunda-feira à noite na casa deles, por um "fanático religioso que diz integrar o grupo jihadista radical". O agressor, o francês Larossi Abballa, que foi abatido pela tropa de elite após o ataque, era um terrorista monitorado pela polícia. Ele foi condenado e preso em 2013 por integrar uma rede de recrutamento jihadista.

Os policiais franceses estão chocados por serem o primeiro alvo da ameaça terrorista e reclamam novos meios jurídicos para se defender. Ontem, eles já obtiveram autorização para continuar armados fora do horário de serviço, depois do fim do estado de emergência em vigor no país. Le Figaro lembra os vários ataques que visaram a polícia francesa ultimamente e denuncia, em editorial, "todas as pessoas, inclusive sindicalistas e militantes de extrema esquerda, que alimentam o ódio contra as forças de ordem."

Nova etapa da ameaça terrorista

Le Parisien diz que a ameaça terrorista atingiu uma nova etapa, após o trágico assassinato do casal na casa deles por um homem já condenado. O diário descreve que as vítimas foram mortas a facadas, fora do horário de serviço, na casa deles e na presença do filho de três anos do casal. O terrorista fez uma encenação mórbida do crime ao filmar e postar o ataque no Facebook. "Os policiais foram covardemente assassinados porque simbolizam "o que os iluminados do Daech, sigla em árabe do grupo Estado Islâmico, mais detestam: a República francesa, que defende a população e garante a sua liberdade", assinala Le Parisien.

Esse foi o quarto ato terrorista inspirado pelo grupo Estado Islâmico e fora do território do EI em dez dias do ramadã, o mês sagrado muçulmano. Libération faz um paralelo entre o assassinato dos policiais franceses em Magnanville e o massacre de Orlando. Para o jornal progressista, o mundo está agora às voltas com um "terrorismo de proximidade". Os atentados que visaram os policiais, na França, e os homossexuais, nos Estados Unidos, são obra de "novos soldados do Estado Islâmico". Os chamados lobos solitários realizam sozinhos ações locais e isoladas. "Eles são dissimulados, difíceis de descobrir", analisa Libération.

Atentado postado ao vivo nas redes sociais

Les Echos escreve que, após o novo atentado, a polêmica cresce na França. A oposição conservadora e de extrema-direita sob o tom para criticar o governo socialista, incapaz, segundo ela, de impedir que um terrorista, fichado e monitorado pela polícia, passe à ação. No vídeo postado na internet, Larossi Abballa, promete fazer da "Eurocopa um cemitério" e dá uma lista de alvos, rappers, jornalistas e policiais.

Defendendo as medidas excepcionais que já estão em vigor desde os atentados de 13 de novembro, o primeiro-ministro Manuel Valls já descartou os pedidos por mais poderes aos policiais e ações extrajudiciais contra os suspeitos terroristas, informa o jornal econômico.

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Fonte: Rádio França Internacional

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