Ong francesa condena assassinato de jornalista brasileiro

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Ong francesa condena assassinato de jornalista brasileiro

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RFI

mediaO jornalista João Miranda do Carmo foi assassinado na porta de sua casa no último domingo (24).
Reprodução/Facebook

A Ong francesa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) emitiu um comunicado nesta terça-feira (26) condenando o assassinato do jornalista brasileiro João Miranda do Carmo, no último domingo (24). A organização de defesa da imprensa faz um apelo para que o governo brasileiro proteja melhor os jornalistas do país.

"A Repórteres Sem Fronteiras condena esse ato bárbaro e pede que as autoridades criem mecanismos de proteção para os jornalistas no Brasil", declarou o diretor do escritório para a América Latina da organização, Emmanuel Colombié.

Segundo a RSF, o jornalista João Miranda do Carmo, de 54 anos, foi morto a tiros na porta de casa na cidade de Santo Antônio do Descoberto (GO). Os agressores fugiram de carro após o crime.

Carmo era proprietário e o editor do site de notícias SAD Sem Censura, no qual denunciava a criminalidade e irregularidades na gestão pública na região. A Ong ressalta que o jornalista já havia prestado queixa na polícia por ser alvo de ameaças após a publicação de reportagens.

Colombié pede que a polícia e a justiça identifiquem e julguem os responsáveis por um ato que classifica como "de extrema covardia". "Diante da impunidade e da corrupção que corrói diversas gestões municipais do país, o governo federal deveria criar um mecanismo nacional de alerta e proteção para os jornalistas ameaçados”, reitera.

Terceiro jornalista assassinado em 2016

A RSF enfatiza que Carmo é o terceiro jornalista assassinado no Brasil nesse ano. Além dele, João Valdecir de Borba foi morto no dia 10 de março e Manuel Messias Pereira no dia 9 de abril. "A justiça do país tem a responsabilidade de reverter esse fenômeno, confrontando a raiz do problema: a impunidade dos crimes e dos casos de violência cometidos contra a profissão", conclui a Ong.

O Brasil ocupa a 104a posição entre 180 países no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa de 2016.

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Fonte: Rádio França Internacional

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