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Obama recebe Dalai Lama sob protestos do governo chinês
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Barack Obama e o Dalai Lama em encontro de 2014
White House photo/Pete Souza/ Reuters
O presidente americano, Barack Obama, recebeu o Dalai Lama nesta quarta-feira (14), na Casa Branca, longe da imprensa, em uma tentativa fracassada de evitar as críticas de Pequim.
O líder espiritual dos tibetanos foi recebido pela porta de trás e na Sala de Mapa da Casa Branca, e não no Salão Oval, onde o presidente costuma receber visitas.
Essa é a quarta visita do Dalai Lama a Obama na Casa Branca. Todas as vezes, o presidente tentou limitar as reações da China, com reuniões a portas fechadas.
Pequim afirma que o Dalai Lama é um "lobo em pele de monge" e tenta pressionar os líderes estrangeiros a não recebê-lo.
O monge budista, de 80 anos, aposentado oficialmente da política e no exílio na Índia desde a revolta dos tibetanos contra o domínio chinês em 1959, luta por uma maior autonomia para o Tibete.
"A qualidade pessoal de seu encontro explicaria o motivo pelo qual o presidente recebeu o Dalai Lama na residência da Casa Branca, e não no Salão Oval, por exemplo", declarou o porta-voz da Presidência, Josh Earnest, depois da reunião.
"Os Estados Unidos não expressaram seu apoio à independência do Tibete", acrescentou.
China reafirma sua oposição ao encontro
A China não tardou a manifestar sua insatisfação com o encontro. "Tomamos nota das informações sobre essa reunião privada", disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Lu Kang, antes da reunião em Washington, acrescentando que "fez a parte americana tomar conhecimento de sua firme oposição".
"Se tal reunião acontecer, será um sinal errado às forças separatistas que buscam a independência do Tibete" e "afetará a confiança e a cooperação mútua" com Washington, ressaltou o porta-voz.
Na última visita do Dalai Lama, em fevereiro de 2014, a Casa Branca teve o cuidado de salientar que ele foi recebido "como um líder espiritual e cultural respeitado internacionalmente", dando a entender que não foi convidado como um líder político.
Essa reunião também foi fechada para a imprensa. Muitos tibetanos afirmam ser vítimas da repressão política e cultural por parte da China.
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Fonte: Rádio França Internacional