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Mortes por overdose de heroína triplicam nos EUA
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A overdose mata mais que acidentes de carro nos EUA.
Flickr/ robertoguglielmo
As mortes por overdose de heroína triplicaram nos Estados Unidos entre 2010 e 2014, enquanto os óbitos relacionados a opioides como a fentanila – que matou o cantor Prince – quase duplicaram, segundo um comunicado da agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA), divulgado nesta terça-feira (29).
"As mortes e a destruição relacionadas à heroína e aos opioides atingiram um nível terrível e sem precedentes", disse Chuck Rosenberg, diretor interino da DEA. "O problema é enorme e aumenta".
Ao menos 16 mil pessoas morreram em 2014 por overdose de heroína e opioides. No mesmo ano, quase 500 mil pessoas eram consideradas dependentes de heroína nos Estados Unidos, onde as overdoses matam mais pessoas que os acidentes de trânsito.
O consumo de heroína e de opioides está relacionado. A dependência de medicamentos opiáceos como a fentanila, a oxicodona, a hidrocodona e a metadona podem resultar no consumo de heroína uma vez que termina o tratamento prescrito pelo médico.
Maior consumo incentiva crimes e violência
A Casa Branca pediu ao Congresso US$ 1,1 bilhão para financiar tratamentos em todo o país. As autoridades lembram também que o fenômeno incentiva a violência e crimes ligados à droga. A região mais afetada dos EUA é o centro-oeste, uma região que engloba estados como Illinois, Michigan e Wisconsin.
Segundo as autoridades americanas, faltam programas de desintoxicação no país e os tratamentos disponíveis são muito caros, o que impede o acesso de muitos dependentes.
Bradley Wentlandt, chefe de polícia em um subúrbio de Milwaukee, no Wisconsin, recordou um caso no qual os pais gastaram todos os seus recursos para pagar o tratamento do filho. "Ele começou aos 16 anos, quando compartilhou um comprimido de Vicodina (analgésico) com um amigo", revelou o policial.
(com informações da AFP)
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Fonte: Rádio França Internacional