Liga Guineense de Direitos Humanos exige inquérito sobre actuação “musculada” da polícia

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Liga Guineense de Direitos Humanos exige inquérito sobre actuação "musculada" da polícia

Por

Isabel Pinto Machado

Publicado a 10-04-2017

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Logótipo do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados na Guiné-Bissau
M.C.C.I

A Liga Guineense de Direitos Humanos condena veementemente a actuação desproporcionada e musculada da polícia, que este sábado reprimiu violentamente manifestantes pacíficos.

Este sábado (8/04) algumas dezenas de jovens do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados manifestou pacificamente em Bissau, para de novo pedir a demissão do Presidente José Mário Vaz e o respeito pelo Acordo de Conacri.

A polícia – em número superior ao de manifestantes – reprimiu os manifestantes com gás lacrimogéneo e à cacetada, tendo espancado alguns dentre eles e detido sete, que foram libertados algumas horas mais tarde.

Este mesmo movimento ameaça manifestar de novo a partir do dia 20 de Abril contra a presença no país em visita oficial do Presidente senegalês Macky Sall, que acusam de aproveitando a crise politico-institucional que o país vive, vai assinar um "acordo ruinoso" em torno do petróleo existente na zona comum em off shore, do qual apenas 15% revertirão a favor da Guiné-Bissau.

Augusto Mário da Silva, presidente da LGDH

10/04/2017


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Augusto Mário da Silva, presidente da Liga Guineense de Direitos Humanos – LGDH – insurge-se contra a "actuação desproporcional e musculada da polícia…houve um uso excexssivo de gazes lacrimogéneos para intimidar manifestantes pacíficos, que não causaram desacatos nem actos de vandalismo..isso é uma forma de limitar os direitos fundamentais dos cidadãos previstos na Constituição".

Augusto Mário da Silva afirma ainda que nessa mesma noite elementos da LGDH se avistaram com o comissário geral da polícia de ordem pública, que afirmou que "não houve nenhuma ordem superior para reprimir os manifestantes..num estado democrático de direito deveria haver um inquérito interno… são situaçoes ainda por esclarecer e nós exigimos uma explicaçao pùblica por parte do comissariado da policia de ordem publica sobre o que se passou".

O presidente da LGDH acredita no entanto que não haverá repressão, caso haja manifestações quer no dia 13 de Abril quando se assinalam três anos sobre a eleição de José Mário Vaz, quer durante a visita do Presidente senegalês Macky Sall entre 20 e 23 de Abril.

Fonte: Rádio França Internacional

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