Holandesa denuncia estupro e é condenada no Catar

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Holandesa denuncia estupro e é condenada no Catar

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RFI

mediaMulhares vítimas de agressões no Catar podem ser acusadas de "comportamento indecente".
ROBERT SULLIVAN / AFP

Um tribunal do Catar condenou nesta segunda-feira (13) a um ano de prisão uma holandesa de 22 anos que, quando estava de férias no país do Golfo, foi detida depois de denunciar um estupro. Segundo a Justiça local, a turista foi condenada por "adultério".

A jovem, natural de Utrecht, na região central da Holanda, foi identificada apenas como Laura. A agressão ocorreu quando ela estava em um hotel onde o consumo de bebidas alcoólicas, o que é proibido neste emirado ultraconservador

, estava autorizado. "Ela foi dançar, mas quando retornou para sua mesa percebeu, depois do primeiro gole em sua bebida, que havia sido drogada. Não se sentia bem", disse seu advogado, Brian Lokollo.

"Depois não se lembra de nada até a manhã, quando acordou em um quarto totalmente desconhecido e se deu conta, com grande horror, que havia sido violentada", completou o advogado. A jovem conseguiu escapar e procurar ajuda, antes de comparecer a uma delegacia para apresentar uma denúncia contra o agressor, também de acordo com o advogado. Mas os policiais não permitiram a sua saída.

Laura está detida desde março por "suspeita de adultério, o que significa manter relações sexuais fora dos vínculos do matrimônio", proibidas no Catar, explicou seu advogado.

A jovem não estava presente na audiência quando o veredicto foi anunciado. Ela foi condenada a um ano de prisão com suspensão condicional da pena e será expulsa do Catar depois de pagar a multa de 3.000 rials (cerca de R$ 2800).

Um homem, julgado pelo mesmo caso, receberá 100 chicotadas por "adultério" e outras 40 chicotadas por "consumo de álcool".

No vizinho Emirados Árabes Unidos, uma norueguesa de 24 anos que denunciou o chefe por estupro foi condenada em 2013 a 16 meses de prisão por comportamento indecente (relações sexuais fora do matrimônio), perjúrio e consumo de álcool. Ela foi posteriormente indultada pelas autoridades.

(Com informações da AFP)

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Fonte: Rádio França Internacional

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