GRã-BRETANHA/TERRORISMO: Cameron defende participação britânica nos bombardeios contra o grupo EI na Síria

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Grã-Bretanha/Terrorismo –

Artigo publicado em 26 de Novembro de 2015 –
Atualizado em 26 de Novembro de 2015

Cameron defende participação britânica nos bombardeios contra o grupo EI na Síria

O Primeiro-ministro, David Cameron defende que Grã-Bretanha deve se juntar aos ataques aéreos contra o Estado Islâmico, na Síria.O Primeiro-ministro, David Cameron defende que Grã-Bretanha deve se juntar aos ataques aéreos contra o Estado Islâmico, na Síria. REUTERS/Darren Staples/Files

RFI

Duas semanas após os atentados de Paris, que provocaram uma onda de choque no continente, a Europa se organiza para intensificar o combate ao grupo Estado Islâmico. O premiê britânico, David Cameron, pediu nesta quinta-feira (26) ao Parlamento a extensão dos ataques britânicos aos jihadistas na Síria. Atualmente, a Grã-Bretanha só participa da coalizão em território iraquiano.Ontem (25), a chanceler alemã, Angela Merkel, já havia prometido em Paris agir militarmente contra o movimento ultrarradical islâmico. O presidente francês está hoje em Moscou para conseguir o apoio da Rússia.

Em seu discurso no Parlamento britânico em Londres, o primeiro-ministro conservador disse que é necessário agora "atingir os terroristas no coração". David Cameron explicou que as principais ameaças contra os países ocidentais são "planejadas e orquestradas" em Raqqa, considerada a capital do grupo Estado Islâmico na Síria. Ele revelou que os projetos de sete atentados descobertos pelos serviços de segurança britânicos nos últimos 12 meses eram "ligados ou inspirados" pelo movimento jihadista.

A data do voto no Parlamento autorizando a extensão dos ataques aéreos britânicos à Síria não foi anunciada, mas deve ocorrer antes de 17 de dezembro, início do recesso de fim de ano. Há vários meses, Cameron tenta aprovar a medida. Desta vez, apesar da oposição do líder da bancada trabalhista, Jeremy Corbin, ele acredita que conseguirá reunir os deputados suficientes para autorizar a operação militar.

Alemanha

O Parlamento alemão também vai discutir hoje um engajamento militar ao lado da França na luta contra os jihadistas. Ontem, a chanceler Angela Merkel esteve com o presidente francês, François Hollande, em Paris. Depois de prestar homenagem às 130 vítimas dos atentados do último dia 13, Merkel prometeu lançar a cooperação alemã o mais rápido possível.

Hollande prossegue hoje em sua maratona diplomática para tentar formar uma ampla frente militar antijihadista. Pela manhã, ele se reuniu na capital francesa com o premiê italiano, Matteo Renzi e à tarde, tem um encontro em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin. Ele vai tentar convencer Putin a mudar de atitude na Síria. A Rússia tem atacado não só o grupo Estado Islâmico, mas todos os rebeldes inimigos de seu aliado, o presidente sírio, Bashar al-Assad. Os ocidentais – e sobretudo os Estados Unidos – pedem irredutivelmente que os russos ataquem apenas o grupo Estado Islâmico, como condição prévia para qualquer cooperação.

Fonte: Rádio França Internacional

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