Governo francês autoriza nova manifestação contra reforma do trabalho

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Governo francês autoriza nova manifestação contra reforma do trabalho

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RFI

mediaPasseata contra a reforma do trabalho nesta quinta-feira (23) na Bastilha
REUTERS/Jacky Naegelen

A Secretaria de Segurança Pública de Paris autorizou uma nova manifestação contra a reforma de trabalho para esta terça-feira (28), a partir das 14h no horário local. A passeata, segundo os principais sindicatos, acontecerá entre a praça da Bastilha e a praça da Itália. O projeto de lei dever ser votado nesta terça-feira no Senado.

O trajeto da manifestação, mais longo do que o anterior, foi negociado entre o governo e as organizações sindicais. A nova lei flexibiliza os contratos, diminui as indenizações em caso de demissão e facilita a imposição de jornadas de trabalho mais longas, que podem atingir 60 horas em casos excepcionais.

A passeata ocorrida no último dia 23 foi restrita a um trajeto de 1,6 quilômetro e foi cercada por um forte esquema de segurança. Apesar do protesto das centrais sindicais, o governo francês estimou que essa era a única maneira de evitar os tumultos que ocorreram nas últimas manifestações, que começaram em março.

Em uma delas, até mesmo o hospital infantil Necker foi alvo dos baderneiros e teve os vidros da fachada quebrados. “Há algum tempo o clima nas passeatas vêm se deteriorando”, reconheceu o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, depois do ataque à sede da CGT e da CFDT, duas das principais centrais sindicais francesas.

Projeto será analisado amanhã

A votação da reforma do trabalho acontece nesta terça-feira no Senado, formado em sua maioria pela oposição. O projeto sofreu reformulações mas, na opinião dos sindicalistas, facilita a adoção de novas normas pelas empresas que prejudicam os direitos dos assalariados, como por exemplo, a flexibilização do número de horas semanais de trabalho, hoje limitadas em 35 horas para a maioria das categorias. Acima disso, os trabalhadores têm direito ao pagamento de horas extras.

A lei reformulada ainda precisa ser reapresentada à Assembleia Nacional para leitura. As organizações sindicais já preveniram que vão manter a mobilização e pedem uma audiência com o presidente François Hollande.

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Fonte: Rádio França Internacional

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