Execução dolorosa reaviva debate sobre injeção letal nos EUA

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Execução dolorosa reaviva debate sobre injeção letal nos EUA

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RFI

mediaUma sala de execução no Texas.
AFP/Paul Buck

Um condenado à morte tossiu e ficou ofegante por 13 minutos durante durante sua execução nos Estados Unidos, de acordo com testemunhas, em um incidente que reaviva as preocupações sobre o uso da injeção letal como meio de aplicar a pena capital.

Ronald Smith, de 45 anos, foi condenado à morte pelo homicídio de um homem em uma loja de conveniência em 1994, no estado do Alabama. No total, a execução levou 34 minutos na noite de quinta-feira (8). Durante 13 minutos, Smith aparentemente lutava para respirar, de acordo com um jornalista presente.

"Uma autópsia será realizada para determinar se houve irregularidades no procedimento", afirmou o diretor de prisões do Alabama, Jefferson Dunn. Segundo seu porta-voz, o departamento seguiu o protocolo de execuções estipulados por lei. "No início da execução, Smith, com os olhos fechados, tossiu, mas em momento algum durante a execução houve evidência observacional de que sofresse", afirmou o porta-voz.

Escassez de drogas para as injeções letais

Os estados americanos onde ainda se aplica a pena capital enfrentam uma falta de substâncias usadas nas injeções letais, em parte devido ao fato de que as empresas se negam a vender as drogas.
Muitas das companhias farmacêuticas têm sede na Europa, onde foi abolida a pena de morte.

Para enfrentar a escasez, alguns estados como Alabama adotaram um método de três drogas: a primeira faz o condenado dormir, a segunda o paralisa e a terceira para seu coração. O Alabama usa o sedativo midazolam para a primeira fase. Os críticos asseguram que essa droga não induz ao estado profundo de inconsciência antes de que as outras drogas sejam administradas.

Dois estados – Virginia e Ohio – planejam começar a usar o midazolam no início do próximo anos, o que preocupa advogados contrários à pena de morte. Os Estados Unidos já foi palco de várias execuções sem êxito desde janeiro de 2014, incluindo as de Dennis McGuire, que morreu depois de 25 minutos, e de Clayton Lockett, que levou 43 minutos para ir a óbito.

Fonte: Rádio França Internacional

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