Em junho, alimentos tiveram maior alta mundial em cinco anos

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Em junho, alimentos tiveram maior alta mundial em cinco anos

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RFI

mediaSegundo a FAO, o aumento dos preços dos alimentos foi de 4,2% em junho.
/UNFAO/Fotos

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) afirmou nesta quinta-feira (7) que, em junho, os preços mundiais dos produtos alimentares de base tiveram a maior alta dos últimos três anos. Os alimentos subiram 4,2%, uma situação com impacto imediato nas famílias mais modestas.

No relatório, a FAO indica que a alta de junho atingiu todos os produtos, à exceção dos óleos vegetais, que registram uma perspectiva de melhora da produção, em especial de trigo, produzido nos Estados Unidos, na Rússia e na União Europeia.

Para os demais produtos, trata-se do quinto aumento mensal consecutivo, ressaltou o texto, divulgado em Roma (Itália), onde fica a sede da entidade. Em relação a junho do ano passado, porém, a redução dos valores foi de 1%.

O documento observa a alta pronunciada do açúcar e cita a conjuntura no Brasil, o maior produtor e exportador da matéria-prima, cuja produção sofreu as consequências de fortes chuvas que atingiram a colheita e afetaram os rendimentos.

O índice de preços dos cereais, por sua vez, subiu 2,9% em um mês, devido ao encarecimento do valor do milho brasileiro, ocasionado pela baixa dos estoques para a exportação. Desde maio, o índice de preços de laticínios subiu 7,8% e o da carne, 2,4%.

Altas perto do fim

Apesar dos excessos, na segunda-feira (4), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a FAO haviam divulgado um relatório conjunto no qual indicavam que o período de altos preços dos produtos agrícolas está chegando ao fim. O documento "Perspectivas Agrícolas" prevê que os valores dos produtos básicos agrícolas ajustados à inflação se manterão relativamente inalterados durante a próxima década.

O relatório, que apresenta as expectativas para os próximos 10 anos, adverte sobre "a necessidade de estar alerta, já que a possibilidade de grandes flutuações de preços continua sendo elevada". Mundialmente, prevê-se que o aumento da demanda de alimentos nos países emergentes e de maiores populações será suprido "principalmente através de aumentos de produtividade". "Espera-se que os melhores rendimentos representem 80% do aumento da produção agrícola", calcula o relatório.

Com informações da AFP

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Fonte: Rádio França Internacional

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