Cuba atende pedido de Papa Francisco e indulta 787 presos

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Cuba atende pedido de Papa Francisco e indulta 787 presos

mediaPapa Francisco desembarca em Cuba em 21 de setembro de 2015
Reuters/Tony Gentile

Cuba respondeu ao pedido internacional do Papa Francisco pelo Ano Santo da Misericórdia indultando 787 presos, entre eles, jovens, mulheres e enfermos. A ilha, que não divulga o número de presos, tem uma grande população carcerária, segundo fontes de dissidentes.

O texto publicado na capa do jornal oficial Granma informa que o Conselho de Estado da República de Cuba, presidido por Raúl Castro, concordou em indultar 787 sancionados em resposta ao pedido do Papa Francisco aos chefes de Estado, no Ano Santo da Misericórdia. O comunicado esclarece que foram levadas em conta as características dos crimes, a conduta durante o cumprimento da pena e o tempo de cumprimento da pena. Por razões humanitárias, também foram incluídos nesse indulto mulheres, jovens, enfermos, e outras categorias.

Os condenados por crimes graves não foram beneficiados pelo indulto. As autoridades excluíram pessoas com penas "por delitos de assassinato, homicídio, corrupção de menores, estupro, tráfico de drogas e outros de extrema periculosidade.

Quando Francisco pediu indulto para presos?

No dia 15 de dezembro do ano passado, o Sumo Pontífice, em sua mensagem "Vença a indiferença e conquiste a paz", pediu às autoridades de todo o mundo que melhorassem as condições carcerárias dos presos e "considerassem a possibilidade de uma anistia".

Uma semana antes da sua chegada à Cuba, em setembro de 2015, o governo já havia indultado 3.522 presos, em um gesto de boa vontade. Com 11,2 milhões de habitantes, a ilha tem uma grande população penal, segundo fontes da dissidência. As autoridades não publicam o número de presos.

Francisco, terceiro papa a visitar Cuba desde 1998 (depois de João Paulo II e de Bento XVI), teve um papel de destaque na mediação entre Cuba e Estados Unidos durante as negociações que resultaram no restabelecimento das relações diplomáticas em julho de 2015. O pontífice voltou a Havana no dia 12 de fevereiro deste ano para o histórico encontro com o patriarca russo Kiril, que pôs fim ao estremecimento das relações entre as
igrejas católica e ortodoxa desde 1054
.

Fonte: Rádio França Internacional

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