Coletivo é criado na França para denunciar situação política no Brasil

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Coletivo é criado na França para denunciar situação política no Brasil

mediaMaria José Malheiros, Silvia Capanema, Éric Coquerel e Carla Sanfelici no lançamento do Coletivo Solidariedade França Brasil.
RFI

Foi lançado essa sexta-feira (24), em Paris, o Coletivo Solidariedade França Brasil, criado após um colóquio entre ex-exilados brasileiros na França e o Movimento dos Sem Terra, em maio deste ano. O Coletivo busca condenar e midiatizar o que chamam de “golpe institucional” e ataque à democracia brasileira, implementado, segundo o grupo, após o voto na câmara dos deputados em 17 de abril e, oficializado, com o voto favorável ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado Federal.

Sarah Bazin, em colaboração para RFI

O Coletivo fará, no dia 1° de julho, um colóquio no Senado francês com o objetivo de tratar da atual realidade política brasileira. “Queremos sobretudo questionar os parlamentares e o governo francês e, com uma análise geopolítica, mostrar a realidade dos movimentos sociais e trazer o testemunho do passado [da ditadura militar], para provar ao público francês que estamos realmente vivendo um golpe institucional”, diz Carla Sanfelici, uma das criadoras e coordenadoras do movimento.

Neste colóquio estará presente o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, que é convidado pelo grupo Amigos do MST na França, com base em Lyon. “A presença dele é fundamental, pois vai trazer a visão do que está acontecendo com os movimentos sociais nesse momento no Brasil, em que estão acontecendo várias prisões ilegais”, completa Sanfelici.

“Um grupo de apoio ao Brasil”

Para Maria José Malheiros, ex-exilada, última a receber anistia do governo brasileiro (apenas garantido em 2013) e uma das criadoras do Coletivo Solidariedade França Brasil, esse movimento tem o objetivo de ser um grupo de apoio ao Brasil, como aconteceu com o comitê da Anistia França Brasil na época da ditadura e que vieram para a Europa exilados.
“Eu acredito que o que está acontecendo hoje no Brasil é algo muito grave e precisamos da solidariedade internacional, e essa solidariedade pesa para a imagem do Brasil”, diz Malheiros. “Queremos que o povo brasileiro saiba que aqui na França existem grupos que estão lutando pela democracia no nosso país”, completa.

Estavam presentes no evento de lançamento do Coletivo, na Casa da América Latina em Paris, os políticos Éric Coquerel, coordenador do Partido de Esquerda na França, e Silvia Capanema, franco-brasileira, eleita conselheira do departamento de Seine-Saint-Denis pelo Partido Comunista Francês.
O colóquio no Senado francês será aberto ao público, mediante inscrição pelo site da Association France Amérique Latine.

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Fonte: Rádio França Internacional

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