Chineses investem pesado na compra de terras agrícolas francesas

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Chineses investem pesado na compra de terras agrícolas francesas

media"Porque os chineses querem comprar nossas terras", é a manchete do jornal Aujourd'hui en France.
RFI

O diário Aujourd'hui en France desta quinta-feira (30) dedica sua manchete ao fenômeno de investimentos da China na agricultura da França. "Por que os chineses estão comprando os nossos campos", diz o título do jornal.

Os chineses acabam de comprar 1.700 hectares de terras dedicadas a plantação de alimentos. Depois da Alemanha, a França agora se torna alvo dos investimentos chineses em agricultura, com a Europa superando inclusive a América do Norte. Já são US$ 20 bilhões de dólares investidos desde o ano 2000.

Os chineses chegam a pagar de três a quatro vezes o valor real das terras. O motivo é que a China tem mais de 20% da população mundial, mas apenas 8% das terras cultiváveis, o que obriga o país a produzir alimentos fora.

Mas a chegada dos chineses à província de Berry, no centro da França, divide a população. Alguns veem uma ameaça à soberania do país. Outros estão felizes com os investimentos, que jorram dinheiro na economia local.

A análise do jornal Aujourd'hui en France é de que só o futuro dirá se estes investimentos chineses serão produtivos, já que atualmente os agricultores franceses estão sufocados por regulamentações, impostos e dívidas. Resta saber se os chineses vão conseguir escapar desta realidade.

Libération

Já o diário Libération de hoje traz em sua manchete "A segurança impossível" dos aerportos. O jornal destaca que o atentado suicida que deixou mais de 40 mortos em Istambul na terça-feira coloca novamente as falhas da segurança do transporte aéreo em evidência. Este ataque, assim como o ocorrido em Bruxelas em 22 de março, mostraria a necessidade de expandir as áreas de controle dos aeroportos para além das zonas de embarque, como ocorre hoje.

O Libération também cita como exemplo a segurança aérea de Israel. Historicamente considerada exagerada pelos europeus, a segurança israelense agora parece fazer sentido. O aeroporto de Tel Aviv é considerado o mais seguro do mundo, com os passageiros devendo chegar três horas antes da viagem para terem tempo de passar por todas as etapas de verificação.

Les Echos

O jornal econômico Les Echos hoje traz em sua manchete uma entrevista exclusiva com o presidente François Hollande, em que ele fala sobre Brexit, sobre impostos e sobre eleições. Hollande volta a ser duro sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. Ele diz que a escolha do povo britânico é irrevogável e que é preciso agir rápido, porque o imobilismo neste momento, representaria a desarticulação da União Europeia.

"É preciso encarar o populismo de frente", diz Hollande, se referindo a grupos de extrema-direita. Sobre as críticas que vem recebendo da esquerda francesa por seu projeto de reforma da lei trabalhista, Hollande diz que não traiu suas bases. "Trair seria deixar o país no Estado em que eu o encontrei", diz Hollande, em alusão à alta taxa de desemprego, o que a reforma pretende combater.

Le Figaro

O jornal conservador Le Figaro segue sendo bastante duro com o governo de François Hollande. A manchete do jornal critica os gastos do governo, que estariam aumentando e correm o risco de fazer o déficit das contas públicas francesas ultrapassar 3% em 2017.

"Hollande distribui sem contar o dinheiro que não tem", afirma editorial do Figaro. Também sobram críticas para o primeiro-ministro Manuel Valls, por supostamente estar recuando na Reforma do Trabalho. O Figaro que, assim como os empresários, defende o projeto original que liberaliza o mercado de trabalho, diz que Valls está modificando demais o projeto para que ele seja aprovado. E assim o resultado final será uma reforma sem efeito.

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Fonte: Rádio França Internacional

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