Atentado em Nice: motorista do caminhão seria francês de origem tunisiana

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Atentado em Nice: motorista do caminhão seria francês de origem tunisiana

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RFI

mediaO caminhão que atropelou multidão em Nice
REUTERS/Eric Gaillard

O governo francês ainda não divulgou detalhes sobre o agressor responsável pelas mortes de mais de 80 pessoas, em Nice, sul da França. A informação oficial emitida pelo ministro do interior, Bernard Cazeneuve, é de que a identificação do condutor do caminhão ainda esta sendo feita pelos investigadores, assim como a procura de possíveis cúmplices.

No entanto, redes de televisão francesas informam que uma carteira de identidade foi encontrada dentro do caminhão e trata-se de um francês de origem tunisiana, de 31 anos e que vivia em Nice. Ainda de acordo com a imprensa local, trata-se de um homem com diversas passagens pela polícia, por causa de delinquências de baixa gravidade. Ele não teria registros no serviço de inteligência que mapeia potenciais terroristas. Cazeneuve não confirmou as informações transmitida pelos jornalistas.

Até agora, o crime não foi reivindicado por nenhuma organização terrorista, apesar de o governo da França acreditar que se trata de mais um atentado, como os ocorridos em Paris em 2015. Nas redes sociais, partidários do Estado islâmico comemoram o número de mortos. “O numéro de mortos em Nice ultrapassa 62 infiéis franceses. Deus é grande! Deus é grande ! », escreveu um dos partidários do grupo.

A França amanheceu de luto, depois do ataque perpetrado na cidade de Nice, no sul da França, na noite de quinta-feira (14) e que deixou ao menos 84 mortos e dezenas de feridos. 18 pessoas estão entre a vida e a morte nos hospitais da região.

Caminhão atropelou pessoas por dois quilômetros

O atentado aconteceu por volta das 22h30 na França, 17h30 pelo horário de Brasília. Um homem, dirigindo um grande caminhão branco em alta velocidade, atropelou, por cerca de dois quilômetros centenas de pessoas que assistiam aos fogos do 14 de Julho, a festa nacional da França, na avenida beira-mar da cidade, chamado de Passeio dos Ingleses. Ao perceber o incidente, as pessoas começaram a correr por todos os lados, muitos caíram e foram pisoteados. Pelas ruas da cidade, pessoas corriam e se abrigavam em bares e restaurantes, que acolheram as pessoas.

O agressor foi abatido pela polícia enquanto conduzia o caminhão. Antes de morrer, ele ainda teria atirado contra as forças de ordem e o público. As autoridades informaram que, dentro do veículo, uma granada inativa e armas falsas foram encontradas.

O presidente francês, François Hollande, fez um pronunciamento em cadeia nacional, às 3 horas e 45 minutos da manhã local, 22h45 em Brasília. Hollande foi o primeiro a falar em atentado terrorista, além de anunciar as primeiras decisões depois do ataque.

"Foi a vez de Nice ser atingida, mas é toda a França que está sob a ameaça do terrorismo islâmico. Nessas circunstâncias, devemos dar demonstração de uma vigilância absoluta e de uma determinação infalível. Nada vai ceder nossa vontade de lutar contra o terrorismo. Vamos reforçar nossas ações tanto na Síria como no Iraque. E continuaremos a combater aqueles que em nosso próprio solo nos atacam, em suas bases."

No pronunciamento, o presidente francês também anunciou que o dispositivo de segurança Sentinelle, colocado em prática depois dos atentados de janeiro de 2015, será reforçado e será mantido em seu mais alto nível. Reservistas serão convocados para se unir à operação. Outra medida anunciada nesta madrugada é o prolongamento do estado de emergência na França, previsto para acabar no dia 26 de julho, segundo anúncio do próprio Hollande na tradicional entrevista do 14 de Julho, realizada ontem.

Nesta manhã, uma reunião de emergência do conselho de defesa francês foi realizada entre Hollande, o primeiro-ministro Manuel Valls, ministros e principais chefes militares franceses.

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Fonte: Rádio França Internacional

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