18/11/2015
Unicef destaca proteção de crianças da exploração sexual online
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Brasil é um dos 17 países no programa global da agência para proteger menores deste problema; pesquisa do Fundo mostra que o número de páginas na internet que contém material de abuso sexual infantil cresceu 147% de 2012 a 2014.
As crianças representam um terço dos usuários da internet. Foto: ONU Vietnã/ Aidan Dockery
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, afirmou que empresas de tecnologia de informação, governos e organizações internacionais prometeram proteger milhões de crianças de exploração sexual na internet.
O compromisso foi feito durante encontro global sobre o tema, terça-feira, chamado #WeProtect Children Online, ou nós protegemos crianças online, em tradução livre. O evento foi promovido pelos Emirados Árabes Unidos e o Reino Unido em Abu Dhabi.
Prioridade Urgente
Em nota, a vice-diretora-executiva do Unicef , Fatoumata Ndiaye, afirmou que as "crianças representam um terço de todos os usuários da internet" em todo mundo e protegê-las neste ambiente é "uma prioridade global urgente".
De acordo com a agência da ONU, governos em cada região do mundo concordaram em criar respostas nacionais coordenadas entre os sistemas de justiça criminal, agências de aplicação da lei e setores de serviços sociais e educação para melhor proteger as crianças online.
Brasil
O Brasil é um dos 17 países no programa global do Unicef para proteger crianças de exploração sexual na internet. Os outros são: Albânia, Argélia, El Salvador, Filipinas, Guatemala, Índia, Jordânia, Madagascar, Montenegro, Namíbia, Paraguai, Quênia, República Dominicana, Sérvia, Uganda e Vietnã.
Além disso, o Unicef informou que empresas de tecnologia como a Apple, Facebook, Google, Microsoft, Twitter e Yahoo também prometeram manter as crianças seguras desenvolvendo novas tecnologias, ferramentas e conhecimento específico.
Para a representante do Fundo, os compromissos indicam "forte vontade política" de cada região do mundo. Ndiaye encorajou outros países a se juntarem a este "importante movimento global".
Vítimas
De acordo com o Unicef, há altos níveis se exploração sexual de crianças online. Em média, cinco menores vítimas de abuso sexual na rede são identificados por dia pela Interpol e seus parceiros.
Além disso, uma pesquisa da agência da ONU mostra que o número de páginas na internet que contém material de abuso sexual infantil cresceu 147% de 2012 a 2014. Meninas e crianças de 10 anos ou mais novas estão em 80% destes materiais.
Recursos
Segundo o Unicef, durante o primeiro evento #WeProtect no ano passado, o Reino Unido prometeu cerca de US$ 71 milhões para a criação de um fundo global para pôr fim à violência a crianças.
Cerca de US$ 15 milhões iniciais estão apoiando o programa do Unicef para proteger crianças de exploração sexual em 17 países de seis regiões do mundo.
Desde o início da iniciativa, houve progresso em diversos países como, por exemplo, a destruição de duas redes que produziam material de abuso sexual infantil online na Guatemala.
Espelho
Para a representante do Unicef, "o que acontece no mundo online é um reflexo da sociedade em geral" e os "perigos que as crianças enfrentam na internet são espelhados nos riscos que enfrentam em suas casas, escolas e comunidades".
Por fim, Fatoumata Ndiaye destacou que proteger as crianças na internet é parte de um movimento global crescente para manter as crianças a salvo de violência, abuso e exploração tanto virtualmente como fisicamente.
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