Sudão do Sul corre risco de uma “catástrofe de fome”

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Alerta foi feito em comunicado conjunto de várias agências das Nações Unidas; documento diz que 4,8 milhões de pessoas, mais de um terço da população, vão enfrentar severa falta de alimentos nos próximos meses.

O nível de insegurança alimentar no Sudão do Sul atingiu o ponto mais alto desde o início dos conflitos há dois anos e meio. Foto: FAO/Albert González Farran

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Várias agências da ONU estão a alertar em comunicado conjunto que o Sudão do Sul corre o risco de uma "catástrofe de fome". O nível de insegurança alimentar no país atingiu o ponto mais alto desde o início dos conflitos há dois anos e meio.

O documento foi divulgado esta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, pelo Fundo para a Infância, Unicef e pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA.

Falta de Comida

O comunicado calcula que "4,8 milhões de pessoas no Sudão do Sul, mais de um terço da população, vão enfrentar uma falta severa de comida nos próximos meses".

Além disso, o dado não inclui 350 mil deslocados internos em busca de proteção em bases da ONU e em outros acampamentos. Essas pessoas são totalmente dependentes de assistência humanitária.

Os novos números fazem parte de um cadastro preparado pelo governo sul-sudanês. Os resultados atualizados mostram um aumento em relação a situação em abril, quando 4,3 milhões corriam o risco de enfrentar falta severa de comida.

Estiagem

As agências da ONU disseram que a "piora coincidiu com uma longa e rigorosa temporada de estiagem, quando as famílias usam todos os seus estoques de alimentos e as novas colheitas só ocorrem em agosto.

As autoridades da ONU estão preocupadas com a possibilidade da "insegurança alimentar" se propagar para outras áreas além das regiões de conflito.

As agências afirmaram que a falta de acesso a comida e a desnutrição infantil estão entre as principais preocupações. Mais de 100 mil crianças estão a receber tratamento para desnutrição severa desde o início do ano. Isso representa um aumento de 150% desde 2014.

*Apresentação: Denise Costa.

Fonte: Rádio ONU

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