Seca provocada por El Niño leva 1,5 milhão a pedir ajuda em Moçambique

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Relatório do Escritório de Assistência Humanitária das Nações Unidas, Ocha, afirma que metade das pessoas afetadas está vivendo numa crise alimentar aguda em comunidades rurais; 95 mil crianças estão subnutridas.

O défice de chuva desde o fim do ano passado prejudicou as colheitas de cerca de 460 mil pequenos agricultores moçambicanos. Foto: Banco Mundial/Flore de Preneuf

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma seca provocada pelo fenómeno climatérico El Niño está a afetar 1,5 milhão de pessoas em Moçambique. A metade delas vive em áreas rurais, onde 95 mil crianças estão a sofrer com desnutrição.

Os dados constam de um relatório do Escritório de Assistência Humanitária das Nações Unidas, Ocha. O documento foi divulgado esta terça-feira em Genebra, na Suíça.

Plantações

Segundo o Ocha, se nada for feito, a situação pode chegar a um condição de risco de morte para as pessoas afetadas já nos próximos meses.

O défice de chuva desde o fim do ano passado prejudicou as colheitas de cerca de 460 mil pequenos agricultores moçambicanos. Eles cultivam cassava e milho. No sul do país, quase todos os campos de plantações se perderam devido à seca.

A equipa do Ocha em Moçambique que trabalha com representantes do governo do país acaba de lançar uma estratégia de um ano para responder ao quadro. Eles planeam providenciar alimentos, nutrição, água e serviços de saneamento básico para ajudar a estes 1,5 milhão de pessoas afetadas.

Mas o financiamento é um desafio. Até agora dos US$ 203 milhões requisitados, apenas chegaram US$ 13 milhões de ajuda.

Entre abril e maio, 423 mil pessoas puderam ser socorridas pelo plano. Mas o número caiu para 321 mil em junho por causa da escassez de recursos.

Em todo o mundo, o El Niño já afetou 60 milhões de pessoas.

Fonte: Rádio ONU

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