Primeiro grupo de observadores da ONU chega à Colômbia

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Medida ocorre após assinatura de acordo entre governo colombiano e as Farc-EP; Conselho de Segurança aprovou criação de missão política das Nações Unidas no país em janeiro.

Cidade de Bogotá, capital da Colômbia. Foto: Banco Mundial

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.*

O primeiro grupo de observadores das Nações Unidas chegou a Bogotá, capital da Colômbia, nesta semana, como parte do acordo de paz firmado entre governo e rebeldes.

A chegada ocorreu após a assinatura, em 23 de junho, em Havana, do acordo incial de cessar-fogo e deposição de armas bilateral e definitivo entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, Farc-EP.

Internacional

Segundo o porta-voz do secretário-geral da ONU, Farhan Haq, os observadores, 23 no total, são da Argentina, da Bolívia, de El Salvador, da Guatemala, do México, do Paraguai e do Uruguai.

Eles se unem a uma equipe de 20 civis que já estavam em Bogotá preparando o estabelecimento da Missão da ONU.

Um segundo grupo de observadores deve chegar no início de julho.

Monitoramento

As Nações Unidas começarão a monitorar e verificar a entrega de armas assim que o acordo de paz final seja assinado e o cessar-fogo bilateral entre em vigor. De acordo com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, isso deve ocorrer antes do fim de julho.

No momento, a equipe no terreno está envolvida em atividades preparatórias.

Missão Política

O Conselho de Segurança aprovou a criação de uma missão política da ONU na Colômbia que vai integrar observadores internacionais para monitorar o processo de desarmamento, se os dois lados chegarem a um acordo de paz final.

Em março, o secretário-geral, Ban Ki-moon, escolheu o francês Jean Arnault para comandar a Missão. Arnault já vinha trabalhando como delegado do chefe da ONU na Subcomissão sobre o Fim de Conflito em relação ao processo de paz colombiano.

Segundo o porta-voz, Farhan Haq, o representante especial do secretário-geral está "ativamente envolvido nas discussões em Havana sobre a implementação do cessar-fogo".

O conflito na Colômbia matou mais de 220 mil pessoas e deixou quase 7 milhões deslocadas internas.

De acordo com analistas, este é o conflito mais longo no Hemisfério Ocidental.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.

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Fonte: Rádio ONU

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