PMA pode cortar alimentos para 150 mil pessoas na República Centro-Africana

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22/12/2016

PMA pode cortar alimentos para 150 mil pessoas na República Centro-Africana

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Agência alerta para consequências como aumento de fricções e riscos de segurança; reservas alimentares estão no seu nível mais baixo; pelo menos 2,5 milhões de pessoas passam fome no país.

Criança em centro de tratamento contra desnutrição em hospital pediátrico em Bangui, capital da República Centro-Africana. Foto: Unicef/Pierre Terdjman (arquivo)

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Programa Mundial de Alimentação, PMA, alertou que se não receber mais fundos urgentemente vai parar de oferecer assistência a cerca de 150 mil centro-africanos em fevereiro.

O apelo aos doadores é que apoiem ao grupo de "pessoas altamente vulneráveis e deslocados pela violência".

Fome

Em nota, a agência revela que vários anos de conflito no país levaram milhões de pessoas à pobreza e à fome. Metade dos 5 milhões de habitantes passa fome no país.

Mais de 570 mil beneficiários devem ser assistidos pela agência através da distribuição alimentar, da comida pelo trabalho na comunidade, do apoio aos pequenos agricultores nos mercados além do tratamento e da prevenção da desnutrição.

A agência também planeia distribuir refeições escolares de emergência durante o próximo ano.

Reservas

O diretor-geral do PMA na República Centro-Africana alertou que as reservas alimentares da agência "estão no seu nível mais baixo".

Felix Gomez advertiu que "sem mais recursos, devem ser feitos novos cortes em janeiro. A distribuição será feita "sem arroz e com menor quantidade de produtos como ervilhas, óleo vegetal, sal iodado e alimentos nutritivos especiais".

A suspensão da distribuição de alimentos completos deve ocorrer em fevereiro "se não forem recebidos US$ 21,5 milhões para manter a assistência até junho de 2017". A ideia é comprar mais de 14,5 mil toneladas de alimentos diversos.

Um eventual corte da assistência levaria a um "fardo insuportável sobre as comunidades de acolhimento, já vulneráveis, e o resultado seria "mais fricções e riscos de segurança".

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Fonte: Rádio ONU

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