18/11/2015
PMA conseguiu parte dos fundos para prolongar ajuda alimentar na Etiópia
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Entregas aos afetados pela seca deviam parar completamente no fim deste mês; agência recebeu 7% do montante que precisa para realizar ações até junho de 2016; cerca de 8,2 milhões de pessoas precisam de auxílio humanitário no país africano.
Cerca de 700 mil crianças e mães também terão ajuda nutricional. Foto: PMA.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, anunciou esta quarta-feira que no fim de novembro poderá continuar a distribuir alimentos a mais de 1,5 milhão de pessoas na região somali da Etiópia, a sueste.
Com novas contribuições, 700 mil crianças e mães que amamentam também terão ajuda nutricional da agência nas áreas afetadas pela seca. O apoio foi dado por nações como Canadá, Estados Unidos, Noruega, Suécia e Suíça além do Fundo Central de Resposta de Emergência da ONU.
Resposta
Em nota, o PMA revela que a distribuição para as pessoas afetadas pela seca devia parar completamente no fim deste mês.
A agência considera essencial fazer chegar apoio alimentar e nutricional para evitar uma crise mais profunda nas pessoas vulneráveis. Entretanto, o PMA recebeu apenas 7% dos US$ 228 milhões necessários para as suas ações até junho de 2016.
O país teve um aumento do número dos necessitados de ajuda humanitária de 2,5 milhões no início do ano para 8,2 milhões em outubro. O problema causou uma lacuna de financiamento.
Mais Vulneráveis
A contribuição em alimentos será usada para responder às necessidades alimentares imediatas dos mais vulneráveis na primeira metade de 2016. Já o apoio em dinheiro será investido em comida essencial e na assistência nutricional até o fim do ano.
Mais de 1,5 milhão de pessoas na região somali devem receber cereais, leguminosas, óleo vegetal e uma mistura de proteínas. As rações ajudam a estabilizar as taxas de desnutrição que aumentaram desde a chegada da seca nos últimos meses.
No primeiro semestre de 2016, o PMA e o governo etíope pretendem ajudar a pelo menos 6 milhões de pessoas.
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