Para ONU, ucranianos continuam sofrendo violações de direitos humanos

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08/12/2016

Para ONU, ucranianos continuam sofrendo violações de direitos humanos

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Escritório de Direitos Humanos alertou que fracasso em resolver conflito iniciado em 2014 tem efeito arrasador sobre civis; pessoas continuam morrendo e milhares correm vários riscos na região leste da Ucrânia.

Ucrânia. Foto: Acnur

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Um relatório do Escritório da ONU de Direitos Humanos divulgado esta quinta-feira, alerta que "o fracasso em resolver o conflito na Ucrânia continua tendo um efeito devastador sobre os civis".

O documento afirma que nas regiões da linha de frente, no leste do país na fronteira com a Rússia, a população lida com o desafio diário de se manter viva em meio aos confrontos ao redor.

Preocupação

A crise, que começou em 2014, causou a destruição de escolas, hospitais e clínicas de saúde em toda a área.

O Escritório de Direitos Humanos expressa "profunda preocupação" com o fato de o governo e os grupos de oposição não estarem fazendo o suficiente para manter os civis fora da linha de fogo.

O relatório afirma que a violência continua apesar dos esforços para implementar o acordo de paz aceito pelos dois lados em setembro de 2014. Segundo a ONU, todos os dias, homens, mulheres e crianças atravessam a área de contato entre Donetsk e Luhansk para ver suas famílias.

Eles caminham uma distância de três quilômetros, em temperaturas congelantes e geralmente depois de atrasos nos postos de segurança. Nesses locais, muitos alegam que sofreram violência sexual e de gênero.

Crimeia

O documento diz ainda que vários relatos de abusos dos direitos humanos e "sanções contínuas" foram registrados na região da República Autônoma da Crimeia, no sul do país, status não reconhecido pela ONU.

Segundo os especialistas, os tártaros da Crimeia, uma das minorias da região, sofrem perseguição constante e há também preocupação de que prisioneiros estejam sendo enviados para cumprir pena na Rússia.

Dados da ONU mostram que o número de mortes no conflito até agora passou de 9,7 mil, sendo que 2 mil eram civis.

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Fonte: Rádio ONU

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