ONU testa sistema para conter ataques contra trabalhadores de saúde

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08/12/2015

ONU testa sistema para conter ataques contra trabalhadores de saúde

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Meta da Organização Mundial da Saúde é reforçar proteção; só na Síria, 60% dos hospitais foram destruídos de forma total ou parcial; no ano passado, 603 trabalhadores de saúde foram mortos e 958 ficaram feridos em ataques.

Plataforma da OMS quer evitar ataques a trabalhadores de saúde. Foto: OMS

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou esta terça-feira que está testando um novo sistema de coleta de dados para combater ataques a trabalhadores de saúde.

A meta da OMS é proteger profissionais em países como Afeganistão, Ucrânia e Iêmen. Segundo a agência da ONU, os ataques já são trágicos por si só, mas os danos a clínicas e hospitais e a perda dos trabalhadores resulta em menos tratamento para a população.

Testes

A OMS informa que no ano passado, 603 funcionários do setor de saúde foram mortos e 958 ficaram feridos em ataques ocorridos em 32 países. O novo sistema de coleta de dados está sendo testado na República Centro Africana, na Síria, na Cisjordânia e em Gaza.

O programa estará disponível a partir do próximo ano. Além de colher dados, a plataforma utiliza as informações para identificar padrões e encontrar maneiras de evitar ataques ou diminuir impactos.

Síria

Segundo dados do Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, quase 60% dos hospitais da Síria já foram destruídos de forma total ou parcial.

Mais da metade dos profissionais de saúde do país abandonaram a Síria ou foram mortos. E sem esses trabalhadores, fica difícil garantir o atendimento da população.

Já na África Ocidental, mais de 400 profissionais de saúde perderam a vida após serem infectados pelo vírus ebola enquanto tratavam de pacientes. Segundo a gerente do projeto da OMS, Erin Kenney, "o acesso aos cuidados de saúde é impedido cada vez que um hospital é bombardeado, medicamentos são saqueados ou um médico tem medo de ir ao trabalho".

Fonte: Rádio ONU

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