ONU pede fim de ataques e discriminação contra albinos

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Secretário-geral disse que o albinismo é encontrado no mundo inteiro assim como o estigma a estas pessoas; declaração foi feita para marcar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Albinismo, esta segunda-feira, 13 de junho.

Dia Mundial de Conscientização sobre o Albinismo. Foto: ONU/Marie Frechon.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.*

A ONU quer o fim dos ataques e da discriminação contra os albinos. O declaração foi feita para marcar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Albinismo, esta segunda-feira, 13 de junho.

Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU lembrou que a condição é encontrada em todos os lugares do mundo assim como, infelizmente, diversos níveis de discriminação e estigma a estas pessoas.

Crenças

Ban Ki-moon afirmou que o albismo é muitas vezes sujeito à "mistificação, levando a crenças errôneas e mitos".

Ele alertou que a crença "completamente errada" de que poções e amuletos feitos com partes do corpo de pessoas com albinismo têm poderes mágicos "levou a um aumento, em alguns países, por tais restos humanos".

Segundo Ban, isto levou a ataques, sequestros e assassinatos de pessoas com albinismo e até ao roubo de seus corpos de cemitérios.

História

O secretário-geral ressaltou uma "longa história de discriminação e estigmatização do albinismo".

Em alguns lugares, as pessoas com esta condição podem viver na pobreza extrema, sem acesso a serviços básicos como acomodação, cuidado de saúde e educação.

O chefe da ONU saudou o anúncio da primeira Especialista Independente da ONU sobre os direitos das pessoas com albinismo.

Ban lembrou ainda que a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável promoteu não deixar ninguém para trás. Ele ressaltou que isso inclui pessoas com albinismo, destacando que o "ciclo de ataques, discriminação e pobreza deve ser quebrado".

O secretário-geral pediu que todos reconheçam que direitos humanos se aplicam a todas as pessoas em todos os lugares, incluindo indivíduos com albinismo.

Ele pediu ações especiais para acabar com a discriminação que ameaça o bem-estar, a saúde e até a vida dessas pessoas e realizar programas que permitam que elas participem plenamente da sociedade.

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Fonte: Rádio ONU

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