ONU alerta sobre severidade da crise humanitária na Líbia

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Comunidade internacional contribuiu apenas com 2,6% do dinheiro necessário para fornecer assistência adequada aos civis; organização pediu US$ 166 milhões para ajudar 2,4 milhões de líbios.

Cívis caminham na cidade de Misrata, na Líbia. UNHCR/Helen Caux (arquivo)

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O vice-chefe da Missão da ONU na Líbia está a fazer um alerta: a crise no país está a piorar e falta dinheiro para entregar ajuda tão necessária a 2,4 milhões de civis.

Segundo Ali Zaatari, foi recebido apenas 2,6% do apelo humanitário feito para o país. Ou seja, de US$ 166 milhões, a comunidade internacional enviou apenas US$ 4,4 milhões.

Alimentação

O Escritório da ONU para Coordenação de Assistência Humanitária, Ocha, destaca que tem acesso aos mais necessitados pelo conflito líbio.

O principal problema é a falha da comunidade internacional em enviar o dinheiro para a compra de alimentos, medicamentos, água, itens de saneamento e outros serviços básicos.

Crise

O representante da ONU na Líbia pediu mais atenção com o país, que está em risco de ver sua crise se intensificar, com a possibilidade de "sérias consequências".

Ali Zaatari foi para o Cairo, no Egito, explicar a gravidade da crise humanitária líbia. Em encontros com líderes da Liga dos Estados Árabes, foi explicada a importância de se fornecer apoio ao país. A Líbia completou recentemente o aniversário de cinco anos da revolução política ocorrida na região.

A crise no país prejudicou o sistema de saúde e saneamento, os serviços sociais e levou à escassez de água potável. Muitos civis seguem para a Europa como migrantes ou refugiados, mas dentro da Líbia ainda existem 500 mil pessoas deslocadas a enfrentar piora nas condições de segurança.

Há três semanas, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou a liberação de US$ 100 milhões para apoio a nove operações de emergência e US$ 12 milhões são destinados para ajudar as vítimas do conflito na Líbia.

Fonte: Rádio ONU

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