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Estratégia quer prevenir e tratar complicações médicas causadas pela infecção; controle do mosquito vetor e aconselhamento sexual e reprodutivo também são prioridades.
Mosquitos Aedes aegypti. Foto: Aiea/Dean Calma
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou esta sexta-feira uma estratégia de resposta ao zika com foco em prevenir e tratar complicações médicas causadas pelo vírus.
Serão necessários quase US$ 122 milhões para implementar o plano que terá duração de 18 meses, passando a valer de julho deste ano até dezembro de 2017.
Grávidas
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, declarou que a "resposta ao zika pede uma estratégia unificada e integrada com apoio a mulheres e meninas em idade reprodutiva".
Chan lembra que muito já se sabe sobre o vírus: como se espalha, as consequências da infecção e prioridades para o controle. Mas a nova estratégia busca reforçar a capacidade dos sistemas de saúde de lidar com possíveis complicações dos pacientes.
Aconselhamento
A OMS destaca que parte central do plano é levar informações a grávidas, seus parceiros e comunidades sobre os riscos do zika. Assim, a população pode se prevenir melhor.
A estratégia também inclui o controle do mosquito vetor e aconselhamento sobre saúde sexual e reprodutiva à população, dentro dos contextos legais e sociais de cada país atingido.
Falta de Vacina
O plano da OMS destaca algumas características do surto que precisam de resposta global. Uma delas é o potencial de propagação internacional, já que o mosquito Aedes está presente em vários países.
Outro problema é a fraca imunidade da população em áreas onde o zika circula pela primeira vez. Nesses locais, o vírus pode se espalhar com rapidez. A OMS lembra que ainda faltam vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido.
Em muitos locais, o saneamento ou o acesso a serviços de saúde são inadequados. Mais de 60 parceiros da OMS estão unidos na resposta global ao zika. O valor anunciado esta sexta-feira é considerado o montante inicial para implementar as estratégias listadas.
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Fonte: Rádio ONU