Número de demolições em territórios palestinos foi recorde em 2016

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29/12/2016

Número de demolições em territórios palestinos foi recorde em 2016

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Segundo Escritório da ONU, autoridades israelenses deitaram por terra 1.089 estruturas desde 1º de janeiro na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, o maior número desde 2009; em Gaza, 51 mil palestinos continuam desalojados desde 2014; quantidade de feridos palestinos este ano, no entanto, foi reduzida quase cinco vezes se comparada ao ano passado.

Na Faixa de Gaza, 51 mil palestinos continuam desalojados após perderem suas casas com a escalada da violência em 2014. Foto: Ocha

Leda Letra, da ONU News em Nova York.

Pelo levantamento do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, as autoridades de Israel demoliram 1.089 estruturas palestinas entre 1º de janeiro e 28 de dezembro.

A maioria das demolições ocorreu na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, deixando quase 1,6 mil palestinos sem casa e afetando a vida de 7 mil pessoas. Segundo o Ocha, o total de demolições foi recorde, o maior desde 2009, quando o Escritório começou a fazer o balanço.

Abrigos

Na Faixa de Gaza, 51 mil palestinos continuam desalojados após perderem suas casas com a escalada da violência em 2014. A maioria das famílias depende de abrigos temporários, fornecidos por entidades humanitárias.

Por outro lado, o Ocha informa que o total de fatalidades diminuiu na região. Até o dia 26 de dezembro, 109 palestinos e 13 israelenses haviam sido mortos em ataques ocorridos durante o ano. Entre os palestinos que morreram cerca de 80% realizaram ou planejavam atentados contra Israel.

Fronteiras

No ano passado, 169 palestinos e 25 israelenses foram mortos e quase 15,5 mil palestinos ficaram feridos. Do lado israelense, foram 304.

Este ano, houve uma redução de quase cinco vezes no número de palestinos feridos: 3,4 mil. A queda também ocorreu do lado israelense que notificou 205 feridos.

Segundo o Ocha, o movimento de pessoas está mais limitado, especialmente na fronteira de Erez, controlada por Israel no norte da Faixa de Gaza. A maioria dos que conseguem sair de lá é composta de médicos, comerciantes e trabalhadores humanitários, mas todos passam por uma checagem de segurança.

Mas o Escritório da ONU também registrou melhorias no movimento de bens entrando e saindo de Gaza. Uma média de quase 10 mil caminhões com produtos entraram na Faixa de Gaza por mês, passando por fronteiras controladas por Israel.

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Fonte: Rádio ONU

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