28/12/2015
Mais de 450 pessoas foram retiradas de áreas de difícil acesso na Síria
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ONU e organizações parceiras conseguiram facilitar o trabalho para retirar feridos e suas famílias de regiões sitiadas; objetivo das Nações Unidas é alcançar um cessar-fogo na região o mais rápido possível.
O Crescente Vermelho Árabe na Síria distribui alimentos do PMA. Foto: Sarc Homs
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A ONU em conjunto com a Cruz Vermelha Internacional, o Crescente Vermelho Árabe na Síria e a Cruz Vermelha libanesa, conseguiram ajudar na retirada de mais de 450 pessoas que estavam em áreas de difícil acesso ou sitiadas na Síria.
Desse total, 338 pessoas e suas famílias estavam nas cidades de Foua, Kafraya na província de Idleb e 126 em Zabadani e Mandaya, na região rural de Damasco.
Expectativa
Apesar de a ONU e as organizações parceiras não fazerem parte do acordo, todas estão na expectativa da implementação das provisões já que os moradores dessas cidades vivem em situação difícil e os feridos necessitam urgentemente de cuidados de saúde.
As pessoas retiradas foram levadas por terra e ar através da Turquia e do Líbano para seu destino final. Os feridos foram transportados para o Líbano, onde receberam tratamento médico.
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, disse que o objetivo das Nações Unidas é alcançar um cessar-fogo nacional o mais rápido possível.
Alívio
Ele disse que "enquanto isso não acontece, iniciativas deste tipo levam algum tipo de alívio a todas as pessoas que estão sitiadas ou em comunidades isoladas".
O coordenador residente e humanitário da ONU na Síria, Yacoub El-Hillo, disse que a organização está pronta para continuar fornecendo ajuda a milhões de pessoas onde que que estejam no país.
A chefe da delegação da Cruz Vermelha na Síria, Marianne Gasser, afirmou que a "ação humanitária desta segunda-feira mostra que mesmo em meio a conflitos violentos, acordos podem ser alcançados com o único propósito de aliviar o sofrimento humano".
Solução Política
Por toda a Síria, cerca de 4,5 milhões de pessoas vivem em regiões de difícil alcance e com acesso limitado aos meios básicos de sobrevivência e de proteção.
Segundo a ONU, quase 400 mil vivem em áreas sitiadas com pouco o nenhum acesso a suprimentos básicos ou qualquer tipo de assistência.
As Nações Unidas e os parceiros continuam pedindo a todas as partes do conflito que encontrem uma solução política e que garantam o acesso humanitário sem restrição a toda a população civil.