12/11/2015
Líbia: chefe humanitário quer libertação de mais presos ilegais
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Dois trabalhadores de ONG local ficaram cinco meses em cativeiro; coordenador no país lembra que tomada de reféns e ataque intencional a envolvidos na assistência humanitária são crimes de guerra.
Funcionários humanitários libertados na Líbia. Foto: ONU/Marco Dormino
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O coordenador humanitário das Nações Unidas na Líbia pediu esta quinta-feira que todos os detidos ilegais sejam soltos, após a libertação de funcionários humanitários raptados no princípio de junho em al-Shwayrif, no sul do país.
Em nota, emitida esta quinta-feira, Ali Al-Za’tari saudou a soltura dos dois líbios associados a várias agências de auxílio. O responsável agradeceu aos que ajudaram a garantir a sua liberdade depois de cinco meses em cativeiro.
Cidade Natal
A libertação ocorreu a 7 de novembro, poucos dias depois do seu último pedido para que ambos fossem soltos. Na altura, o representante contou que os funcionários operavam a 400 quilómetros da sua cidade natal ao serviço da ONG Tahir Azzawy Shaik dando ajuda às populações rurais.
Al-Za’tari elogiou o retorno seguro dos dois trabalhadores às suas famílias, mas enfatizou a necessidade de se garantir a entrega segura da ajuda humanitária em todo o país.
Assistência
Ele afirmou que a atividade é essencial para os necessitados e considerou “uma causa nobre que deve ser protegida e isenta de todas as disputas”. O coordenador lembrou que fazer reféns e atacar intencionalmente aos civis envolvidos na assistência humanitária são crimes de guerra.
Após agradecer a todos os envolvidos nos esforços para garantir a libertação dos dois homens, Al-Za’tari pediu às comunidades com casos semelhantes que sigam o exemplo.
Nas negociações para a soltura dos funcionários participaram anciãos e trabalhadores de quatro regiões líbias.
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