Grandes emissores de poluentes precisam ajudar nações como Madagáscar

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01/11/2016

Grandes emissores de poluentes precisam ajudar nações como Madagáscar

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Apelo é do relator especial das Nações Unidas sobre direitos humanos e desenvolvimento; John H. Knox explica que país africano é um dos mais vulneráveis do mundo à mudança climática.

John Knox. Foto: ONU/Violaine Martin

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O relator especial das Nações Unidas sobre direitos humanos e meio ambiente está a fazer um apelo aos principais emissores de gases que causam o efeito estufa.

John H. Knox pede ação sem demoras para que países vulneráveis como o Madagáscar consigam evitar os piores efeitos da mudança climática. Segundo o relator, o país é um dos que mais sofrem no mundo com o problema.

Financiamento

Knox espera que os grandes emissores de gases implementem os compromissos do Acordo de Paris, que entra em vigor na sexta-feira, 4 de novembro. Ao mesmo tempo, o relator espera que países desenvolvidos forneçam assistência financeira às nações vulneráveis, para que possam lidar com os efeitos da mudança climática.

O especialista em direitos humanos nota que a atual seca no sul de Madagáscar está a deixar 800 mil pessoas a sofrer com insegurança alimentar, ainda um dos impactos do El Niño, fenómeno que foi mais forte entre 2015 e 2016 devido ao aquecimento global.

Catástrofe

Para evitar uma "catástrofe", o país precisa de mais de US$ 100 milhões em financiamento adicional. John Knox acredita que o aumento das temperaturas continuará a contribuir com a frequência e a gravidade das secas.

O clima extremo e o aumento do nível do mar também diminuiram a capacidade dos civis do Madagáscar de aproveitar seus direitos à comida, à saúde, à água e à habitação.

Knox acaba de encerrar uma visita oficial ao país e esteve em um parque em Andasibe, onde uma associação local protege lêmures, camaleões e outras espécies ameaçadas, além de replantar sementes, fornecer educação ambiental e promover o ecoturismo.
Relatório

Para o relator, o trabalho dessas comunidades é essencial para proteger as espécies do Madagáscar, que são ameaçadas também pelo tráfico. O especialista espera que o governo e a comunidade internacional ampliem ações contra o comércio ilegal de animais e de madeira.

Knox passou sete dias no país, onde teve encontros com representantes do governo e da sociedade civil. O especialista apresentará um relatório sobre direitos humanos e meio ambiente no Madagáscar em março, no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

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Fonte: Rádio ONU

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