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Embaixadores dos países de língua portuguesa participaram de comemoração na sede da agência da ONU, em Roma; diretor-geral José Graziano da Silva revela que foco está nos programas de merenda escolar.
Outra meta é combater a pesca ilegal. Foto: FAO
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.*
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, está celebrando 20 anos de fundação. Os nove Estados-membros* estão espalhados em quatro continentes, reunindo quase 260 milhões de habitantes.
O bloco têm várias parcerias que vão além da promoção do idioma, sendo uma delas com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
Agricultura
Foi promovido na sede da agência, em Roma, na Itália, um almoço para celebrar os 20 anos da Cplp. O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, destacou que a parceria está agora voltada para projetos de merenda escolar nos países lusófonos.
"Em vários países da Cplp, estamos levando o Programa de Compras da Agricultura Familiar e queremos vinculá-lo com o programa de merenda escolar, que a maioria dos países do bloco também cogita de implantar, mas não tem até agora. Uma outra área que estamos abrindo para a cooperação é o combate à pesca ilegal, com a assinatura do Estado Reitor dos Portos."
Nutrição
Segundo Graziano da Silva, o acordo internacional foi assinado até o momento por três países da Cplp: Angola, Brasil e Moçambique. Participou do evento em Roma a representante permanente do Brasil junto à FAO, a embaixadora Maria Laura da Rocha.
“Outro tema importante é o estabelecimento e a consolidação dos conselhos de segurança alimentar e nutricional. Nós estamos dentro da Década da Nutrição, aprovada no ano passado pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Há muitas iniciativas que têm que ser implementadas e a instituição desses conselhos ajuda muito isso, é importante."
O Brasil passa a presidir a Cplp a partir de novembro e o mandato vai durar dois anos. Timor-Leste é o país que lidera o bloco neste momento.
*Países que integram a Cplp: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
*Com reportagem da FAO em Roma.
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Fonte: Rádio ONU