Faltam fundos para lidar com impacto do El Niño em Angola e Moçambique

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Unicef precisa de mais de US$ 127,5 milhões para apoiar crianças de África Austral e Ocidental; maiores prioridades citadas pela agência incluem tratar malnutrição severa e garantir entrega de água.

Crise ultrapassou as capacidades para ser enfrentada pelos recursos de comunidades e das autoridades. Foto: PMA/Petterik Wiggers

Eleutério Guevane , da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, precisa de mais de US$ 127,5 milhões para levar apoio essencial e ajuda urgente aos menores que sofrem os efeitos do recente fenómeno El Niño na África Austral e Ocidental.

O valor deve garantir que “não se recue nos progressos alcançados nas últimas décadas para as crianças”. A agência indica que tem um défice de 71% nos US$ 17,4 milhões necessários para apoiar menores em 2016 em Angola.

Moçambique

Já Moçambique recebeu somente 8% dos mais de US$ 8,8 milhões que precisa para apoiar às vítimas do fenómeno no país. Ao todo, 51 milhões de pessoas estão afetadas pela seca em 10 países da África Austral e Ocidental.

De acordo com a agência, mais de um quarto das vítimas são crianças que precisam de apoio abrangente pelo risco de sofrerem de desnutrição, da falta de água e de doenças.

Necessidades Essenciais

Mais de 1 milhão de menores recebem tratamento para a malnutrição severa, a primeira das necessidades por cobrir nas duas regiões. A falta de água continua a ser uma das maiores preocupações.

Várias instalações de saúde e escolas precisam de um maior abastecimento de água e de instalações sanitárias para que continuem a funcionar.

As crianças enfrentam riscos de proteção numa altura em que várias famílias estão em busca de trabalho, alimentos, água e pasto para os animais.

Situação de Crianças

As dificuldades enfrentadas pelas crianças incluem permanecer nas escolas, devido à fome e à falta de água.

A África do Sul é um dos países com as maiores necessidades por ser gravemente afetada por pandemias como a sida e pela seca, que tornar ainda mais precária a situação das crianças afetadas pelo HIV.

Apesar de apoios dados por governos e parceiros da região desde 2015, a escala da crise ultrapassou as capacidades para ser enfrentada pelos recursos de comunidades e das autoridades.

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Fonte: Rádio ONU

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